Emboscada palmeirense: integrante da Mancha se entrega e é o 13º preso
Armadilha da Mancha alvi Verde matou um torcedor do Cruzeiro e feriu outros 17. Nesta terça, Leandro Gomes dos Santos se entregou à polícia
atualizado
Compartilhar notícia

São Paulo — Leandro Gomes dos Santos, integrante da Mancha alvi Verde, se entregou à Polícia Civil de São Paulo na tarde desta terça-feira (10/12). O torcedor palmeirense, que tinha mandado de prisão provisória desde novembro, é suspeito de participar da emboscada contra torcedores do Cruzeiro, em outubro, que resultou em um morto carbonizado e 17 feridos.
Procurada pelo Metrópoles, a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, disse que o advogado esteve presente para falar sobre a apresentação do cliente. Outras 12 pessoas já haviam sido detidas pelo suposto envolvimento no crime.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), confirmou que a prisão temporária de “Leandrinho” — como é conhecido — foi cumprida e ele prestou depoimento. “A investigação segue em sigilo para o total esclarecimento do caso”, acrescentou a pasta.
Emboscada da Mancha Alvi Verde
Por volta das 5h da manhã do dia 27 de outubro, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã, membros da Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Rojões, barras de ferro, madeiras e fogos de artifício foram apreendidos.
Atualmente, o Palmeiras está sendo processado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda. A armadilha palmeirense pode ter sido vingança a um ataque semelhante que ocorreu em 28 de setembro de 2022.
Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus na Rodovia Fernão Dias. Os torcedores mineiros voltavam de Curitiba, no Paraná, onde o Cruzeiro jogou em 26 de outubro contra o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0.
Os membros da Mancha alvi Verde são investigados pela Polícia Civil e vão responder criminalmente por homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e promover tumulto, assim como praticar ou incitar a violência em eventos esportivos. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também investiga a torcida organizada do Palmeiras como facção criminosa.