Superfungo em SP: bebê internado apresenta “boa evolução clínica”

São Paulo – O bebê prematuro diagnosticado com o fungo Candida auris em Campinas, interior de São Paulo, continua internado e apresenta evolução clínica adequada, segundo o Hospital da Mulher da Universidade de Campinas (Unicamp). Este é o primeiro caso confirmado de superfungo no estado.

A confirmação do caso envolvendo o paciente foi feita no dia 18 de maio, após exames realizados no hospital da Unicamp. Sua evolução, segundo o hospital, condiz com sua prematuridade e baixo peso ao nascer.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que todas as medidas de contenção de disseminação do fungo foram tomadas, “com ampla investigação” entre pessoas que tiveram contato com o bebê.

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Até o momento, nenhuma outra pessoa foi diagnosticada com o agente patológico, de acordo com a secretaria. O rastreamento continuará sendo feito, com “reforço das medidas já adotadas”, informou a secretaria.

Entre as medidas de precaução, o hospital determinou a desinfecção do local de internação e dos equipamentos com produto à base de peróxido de hidrogênio. A limpeza da área ocorre a cada 3 horas.

Fungo emergente

O Candida auris é uma espécie de fungo emergente identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão. Nos anos seguintes, foram registrados surtos na Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e no Brasil. A maioria dos casos se limita ao ambiente hospitalar.

Os pacientes podem apresentar sintomas clássicos de infecções, como febre e dificuldade de respiração, além de queda da pressão arterial, sonolência e até mesmo entrar em coma.

A principal estratégia para evitar surtos é garantir que os hospitais tenham infraestrutura de vigilância para detectar o fungo assim que ele aparecer.