{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F08%2F19134330%2Ftrans-violencia.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F08%2F19134330%2Ftrans-violencia.jpg", "width": "1200", "height": "800", "caption": "Imagem preta e branca de uma mulher com a mão destacada encostada em um véu", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/sao-paulo/sp-esta-entre-capitais-com-53-de-trans-vitimas-de-violencia-sexual#webpage", "url": "/sao-paulo/sp-esta-entre-capitais-com-53-de-trans-vitimas-de-violencia-sexual", "datePublished": "2024-08-20T08:03:05-03:00", "dateModified": "2024-08-20T12:25:01-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F08%2F19134330%2Ftrans-violencia.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/bruna-sales", "name": "Bruna Sales", "url": "/author/bruna-sales", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2024-08-20T12:25:01-03:00", "dateModified": "2024-08-20T12:25:01-03:00", "author": { "@id": "/author/bruna-sales", "name": "Bruna Sales" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/sao-paulo/sp-esta-entre-capitais-com-53-de-trans-vitimas-de-violencia-sexual#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/sao-paulo/sp-esta-entre-capitais-com-53-de-trans-vitimas-de-violencia-sexual#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F08%2F19134330%2Ftrans-violencia.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/sao-paulo/sp-esta-entre-capitais-com-53-de-trans-vitimas-de-violencia-sexual#webpage" }, "articleBody": "São Paulo — Um estudo publicado nessa segunda-feira (19/8) revelou que 53% das mulheres transexuais e travestis de cinco capitais brasileiras já sofreram pelo menos um episódio de violência sexual durante a vida. Destas, 64% foram vítimas mais de uma vez. Foram mapeadas, entre 2019 e 2021, as condições de saúde de 1.317 mulheres transexuais e travestis de Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Salvador (BH). A pesquisa é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.  Quase um terço das mulheres trans ouvidas pela pesquisa foi vítima logo na primeira relação sexual. A maioria não procurou serviços de saúde (93%), e não denunciou nem buscou apoio de familiares ou amigos (94%). Mulheres sem uma residência fixa, com histórico de envolvimento em trabalho sexual e com dificuldades de o a serviços de saúde foram as que apresentaram maior prevalência de violência sexual. Dentre os agressores, 36% eram desconhecidos, 33% eram conhecidos da vítima e 31% eram familiares ou parceiros. Leia também Grande Angular Denúncias de violência contra a mulher pelo 180 crescem 27,7% no DF Igor Gadelha Deputado quer proibir atletas trans de competir com mulheres no Brasil Brasil MPF apura bloqueio de mulheres trans em programa feminino do MEC Brasil Associação de travestis exalta Silvio Santos: “desafiou preconceitos” O trabalho faz parte da pesquisa TransOdara, com colaboração de diversos núcleos de pesquisa do país, financiada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e foi divulgado pela Agência Bori. De acordo com pesquisas prévias, era esperado uma prevalência de violência sexual entre 30 a 40% nesta população. Por isso, o percentual encontrado, de 53%, foi surpreendente para os autores.  “Um dos resultados que nos chamou atenção foi a escolaridade, uma vez que mulheres com menos escolaridade reportaram menos violência sexual”, destaca a pesquisadora Bruna Hentges, da UFRGS, doutora em epidemiologia e coautora do estudo. A hipótese, segundo ela, é de que há uma diferença na percepção sobre o que é uma violência sexual, assim, mulheres em alta vulnerabilidade social podem não perceber que a sofreram. Ou seja, os números encontrados no estudo podem subestimar a real prevalência da violência. “O desafio de estudar violência sexual é o estigma por trás do assunto. É possível que muitas mulheres trans entrevistadas não tenham se sentido à vontade o suficiente para compartilhar esta experiência traumática”, pontua Hentges. Ela ressalta, no entanto, que o alto número de mulheres que não procurou nenhum tipo de ajuda institucional ou familiar, na amostra, indica que os dados do estudo podem ser mais fidedignos à realidade do que boletins oficiais. Homicídios de pessoas trans As consequências dessa violência nesta comunidade são graves e podem levar a homicídios. Mais de 70% dos homicídios de pessoas trans acontecem em países latino-americanos, segundo organizações não governamentais que mapeiam, globalmente, a violência contra populações LGBTQI+.  O mesmo levantamento, citado pelo artigo, mostra que o Brasil foi responsável por 31% de ocorrências de homicídios de pessoas trans de 2022 a 2023. “A prevenção eficaz dessa violência depende do desenvolvimento de políticas que abordem a transfobia, principalmente no nível institucional”, frisa Hentges. De acordo com a pesquisadora, ao revelar o contexto de vulnerabilidade de mulheres transsexuais, o estudo pode servir para orientar políticas públicas que atendam esse grupo em diferentes áreas, da educação à segurança pública. Receba notícias de São Paulo no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do Metrópoles SP no Instagram. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do Metrópoles SP: (11) 99467-7776.", "keywords": "pesquisa, Estudo, Ministério da Saúde, Violência Sexual, travestis, Opas, Mulher Trans", "headline": "SP está entre capitais com 53% de trans vítimas de violência sexual", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "São Paulo, São Paulo, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-23.5625703", "longitude": "-46.6945706" } } } ] }SP está entre capitais com 53% de trans vítimas de violência sexual | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

SP está entre capitais com 53% de trans vítimas de violência sexual

Mais da metade (53%) das mulheres transexuais e travestis de cinco capitais brasileiras já sofreu violência sexual na vida, aponta estudo

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
pikisuperstar/Freepik
Imagem preta e branca de uma mulher com a mão destacada encostada em um véu
1 de 1 Imagem preta e branca de uma mulher com a mão destacada encostada em um véu - Foto: pikisuperstar/Freepik

São Paulo — Um estudo publicado nessa segunda-feira (19/8) revelou que 53% das mulheres transexuais e travestis de cinco capitais brasileiras já sofreram pelo menos um episódio de violência sexual durante a vida. Destas, 64% foram vítimas mais de uma vez. Foram mapeadas, entre 2019 e 2021, as condições de saúde de 1.317 mulheres transexuais e travestis de Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Salvador (BH). A pesquisa é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Quase um terço das mulheres trans ouvidas pela pesquisa foi vítima logo na primeira relação sexual. A maioria não procurou serviços de saúde (93%), e não denunciou nem buscou apoio de familiares ou amigos (94%).

Mulheres sem uma residência fixa, com histórico de envolvimento em trabalho sexual e com dificuldades de o a serviços de saúde foram as que apresentaram maior prevalência de violência sexual. Dentre os agressores, 36% eram desconhecidos, 33% eram conhecidos da vítima e 31% eram familiares ou parceiros.

O trabalho faz parte da pesquisa TransOdara, com colaboração de diversos núcleos de pesquisa do país, financiada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e foi divulgado pela Agência Bori.

De acordo com pesquisas prévias, era esperado uma prevalência de violência sexual entre 30 a 40% nesta população. Por isso, o percentual encontrado, de 53%, foi surpreendente para os autores. 

“Um dos resultados que nos chamou atenção foi a escolaridade, uma vez que mulheres com menos escolaridade reportaram menos violência sexual”, destaca a pesquisadora Bruna Hentges, da UFRGS, doutora em epidemiologia e coautora do estudo. A hipótese, segundo ela, é de que há uma diferença na percepção sobre o que é uma violência sexual, assim, mulheres em alta vulnerabilidade social podem não perceber que a sofreram.

Ou seja, os números encontrados no estudo podem subestimar a real prevalência da violência. “O desafio de estudar violência sexual é o estigma por trás do assunto. É possível que muitas mulheres trans entrevistadas não tenham se sentido à vontade o suficiente para compartilhar esta experiência traumática”, pontua Hentges.

Ela ressalta, no entanto, que o alto número de mulheres que não procurou nenhum tipo de ajuda institucional ou familiar, na amostra, indica que os dados do estudo podem ser mais fidedignos à realidade do que boletins oficiais.

Homicídios de pessoas trans

As consequências dessa violência nesta comunidade são graves e podem levar a homicídios. Mais de 70% dos homicídios de pessoas trans acontecem em países latino-americanos, segundo organizações não governamentais que mapeiam, globalmente, a violência contra populações LGBTQI+

O mesmo levantamento, citado pelo artigo, mostra que o Brasil foi responsável por 31% de ocorrências de homicídios de pessoas trans de 2022 a 2023.

“A prevenção eficaz dessa violência depende do desenvolvimento de políticas que abordem a transfobia, principalmente no nível institucional”, frisa Hentges. De acordo com a pesquisadora, ao revelar o contexto de vulnerabilidade de mulheres transsexuais, o estudo pode servir para orientar políticas públicas que atendam esse grupo em diferentes áreas, da educação à segurança pública.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?