Sobreviventes de acidente com helicóptero em SP continuam internados
Piloto e menina de 12 anos foram resgatados em área de mata nesta sexta (17/1) e estão internados no Hospital das Clínicas, em SP
atualizado
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São Paulo — O piloto e a menina de 12 anos que sobreviveram a um acidente de helicóptero em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, na última quinta-feira (16/1), continuam internados no Hospital das Clínicas, no centro da capital paulista.
Edenilson de Oliveira Costa e Bethina Feldman foram resgatados na sexta-feira (17/1), em uma área de mata fechada na altura do quilômetro 31 da Rodovia dos Bandeirantes, e encaminhados para o hospital com ferimentos leves.
Segundo um amigo do piloto, ele está estável. A reportagem não conseguiu informações sobre o estado de saúde da menina, mas havia previsão de que ela recebesse alta neste sábado.
Bethina é filha de André e Juliana Feldman, de 50 e 49 anos, respectivamente, que morreram no acidente. André era CEO da casa de apostas Big Brazil Internacional Games. A empresa era licenciada e atuava organizando, por exemplo, campeonatos de poker em Americana.
Juliana era empresária e proprietária da Juliana Boher MultibBrand. De acordo com o seu perfil no LinkedIn, ela se formou em economia na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) em 1998. A empresária será velada neste sábado, em Americana, no interior do estado. Já o marido será velado na capital paulista no domingo (19/1).
Relembre o caso
- O helicóptero decolou de um heliponto no Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, na noite dessa quinta-feira (16/1);
- A aeronave viajava em direção à cidade de Americana quando perdeu o sinal de GPS por volta das 20h34 em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo;
- O piloto e três ageiros estavam a bordo: pai, mãe e filha de 12 anos;
- Equipes de resgate da Polícia Militar encontraram os destroços da aeronave no início da manhã desta sexta-feira (17/1), em uma área de mata na altura do quilômetro 31 da Rodovia dos Bandeirantes;
- Duas pessoas foram resgatadas com vida antes das 7h: o piloto, Edenilson de Oliveira Costa, e a ageira Bethina Feldman;
- Mais tarde, foram encontrados os corpos dos pais da criança: André e Juliana Feldman;
- A menina, Bethina Feldman, completou 12 anos nessa sexta, 17 de janeiro;
- Aeronave era do modelo EC 130 B4, da fabricante Eurocopter ;
Como foi o resgate do piloto e da criança
Segundo o tenente Maxwel, da Polícia Militar, o chamado ocorreu no início da madrugada. No entanto, pelo que tudo indica, o helicóptero caiu no início da noite.
“O piloto tentou ar os serviços de resgate, mas não conseguiu. Depois, conseguiu ar uma portaria, por ali há empresas, uma pedreira e outra de eucalipto. Falou com uma pessoa e avisou sobre a queda da aeronave”, conta.
O helicóptero caiu em um local de difícil o, sob tempo ruim. Por isso, não havia possibilidade de o helicóptero Águia descer à noite. Foi possível avançar com os trabalhos intensos de busca aérea pela manhã.
“Com o raiar do dia e com a informação que os pilotos do helicóptero Águia tinham do último ponto do sinal da aeronave, traçaram um perímetro para fazer varreduras aéreas e, a partir disso, acharam um clarão na mata, onde estava a aeronave. Indicaram isso para que os bombeiros e a defesa civil entrassem por terra”, explica o porta-voz da Defesa Civil.
Depois, o piloto e a criança foram retirados da mata fechada com o helicóptero Águia e levados a outro ponto com mais e para o atendimento inicial.
O tenente enfatizou ainda que o resgate dos dois sobreviventes só foi possível graças ao esforço conjunto dos órgãos responsáveis. “Houve um trabalho integrado do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, o Comando de Aviação da PM e o helicóptero Águia, desde as primeiras horas da madrugada, em prol de encontrar todos com vida”, avalia.
A 1º tenente da Polícia Militar Aline informou que, como a menina estava com certa dificuldade de andar e com algumas dores, ao amanhecer, Edenilson se afastou na mata e caminhou para tentar ar a rodovia e pedir socorro. Bethina estava cerca de 100 a 150 metros para dentro da área verde.
Quando os agentes localizaram a criança, a encontraram com escoriações leves, reclamando de algumas dores e com um pouco de dificuldade de se locomover. De acordo com Aline, Bethina não tinha condições de indicar onde estavam os pais e o helicóptero porque também estava desorientada por estar na área da mata.