Queda de avião na Barra Funda é 3º acidente aéreo em SP em 30 dias
Além do acidente desta sexta (7/2), outras duas quedas de aeronaves marcaram o trágico mês de 2025: um em Ubatuba e outro em Caieiras
atualizado
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São Paulo — O avião que caiu na manhã desta sexta-feira (7/2), na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, é o terceiro acidente aéreo ocorrido em 30 dias no estado.
Outras duas quedas de aeronaves marcaram o trágico mês de 2025: um avião de pequeno porte explodiu em uma praia de Ubatuba, no litoral de São Paulo, no dia 9; e, uma semana depois, no dia 16, um helicóptero com quatro pessoas caiu no Morro do Tico Tico, em Caieiras. Ao todo, foram cinco vítimas fatais.
A quantidade de acidentes ratifica relatório do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), que aponta o estado de São Paulo como o recordista em acidentes aéreos no Brasil nos últimos 10 anos.
De acordo com o Sipaer, ferramenta de visualização de dados desenvolvida pelo Cenipa que permite pesquisar as ocorrências aeronáuticas no Brasil, o estado de São Paulo está em primeiro lugar em uma tabela que categoriza os casos em acidentes, incidentes graves e incidentes.
Os tipos de ocorrências são separados em vários itens, como falha ou mau funcionamento do sistema/componente; falha ou mau funcionamento do motor; excursão de pista, perda de controle no solo; perda de controle em voo; colisão com ave; entre outros.
Os aeroportos de São Paulo registraram, no período de 10 anos, um total de 2.101 ocorrências, entre as quais constam 290 acidentes, 116 incidentes graves e 1.695 incidentes.
O segundo colocado do ranking elaborado pelas autoridades da aviação civil nacional é o Rio de Janeiro, com 685 ocorrências – três vezes menos que SP. Contabilizam-se 40 acidentes, 38 incidentes graves e 607 incidentes.
Relembre os acidentes
Na manhã do dia 9 de janeiro, um avião de pequeno porte explodiu em uma praia de Ubatuba, no litoral de São Paulo. Conforme divulgou a prefeitura, a aeronave saiu da pista do aeroporto e seguiu em direção ao mar. A bordo, havia cinco pessoas: três adultos — entre eles, o piloto — e duas crianças.
O avião saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar em Ubatuba, quando encontrou condições climáticas desfavoráveis.
O piloto do avião, Paulo Seghetto, foi a única vítima que morreu devido ao acidente. Outras sete pessoas ficaram feridas — cinco adultos e duas crianças.
No avião, estavam a empresária Mireylle Fries, que é sócia da aeronave, o marido dela e os dois filhos. Todos ficaram feridos, mas foram socorridos na Santa Casa de Ubatuba.
Uma semana depois, um helicóptero com quatro pessoas caiu no Morro do Tico Tico, em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, na noite do dia 16 de janeiro. Um casal de empresários morreu.
Na aeronave, estavam os empresários Juliana Böher e André Feldman, a filha de 12 anos do casal e o piloto. Os destroços do helicóptero foram encontrados por equipes de resgate na manhã do dia 17 de janeiro. A filha do casal Bethina Feldman e o piloto foram resgatados com vida.