Grupo protesta em SP contra decreto que retringe cidadania italiana
Decreto limita obtenção da cidadania aos filhos e netos de nascidos na Itália. Grupo ocupou Praça Cidade de Milão, na zona sul
atualizado
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São Paulo — Um grupo de manifestantes realizou um protesto na tarde deste sábado (26/4), na Praça Cidade de Milão, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo, contra o decreto que restringe o direito à cidadania italiana, em vigor desde março deste ano.
Entre os organizadores do ato no Ibirapuera estavam o jurista e professor Walter Fanganiello Maierovitch, e a diretora da Associação de Ex-Alunos do Colégio Dante Alighieri (Aeda), Giuliana Patriarca.
Os manifestantes carregaram cartazes em italiano com frases como “Nem direita, nem esquerda: somos italianos” e “Defendemos o direito à cidadania aos nossos descendentes”.
Implementado pelo governo de Giorgia Meloni, o chamado decreto “Tajani” altera as regras para a obtenção da cidadania italiana, limitando a autorização para o documento aos filhos e netos de pessoas nascidas na Itália. Antes não havia limite geracional para conseguir a cidadania.
A mudança foi defendida pelo governo da primeira-ministra como forma de barrar o uso da nacionalidade para quem quer “fazer compras em Miami” – em referência à entrada facilitada aos cidadãos italianos nos Estados Unidos.
O decreto, no entanto, gerou críticas de ítalo-brasileiros e de quem estava em busca do documento baseado na legislação anterior. “Não seremos estrangeiros na terra dos nossos anteados”, afirmou Maierovitch, por exemplo, nas redes sociais.
