Derrite tem encontro a portas fechadas com procurador-geral de SP
Secretário da Segurança Pública indicado por Tarcísio de Freitas conversou com Mário Sarrubbo sobre índices da criminalidade paulista
atualizado
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São Paulo – Anunciado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) como futuro secretário da Segurança Pública paulista, o deputado federal e ex-policial militar Guilherme Derrite (PL) teve um encontro a portas fechadas com o procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo, nesta segunda-feira (12/12).
O encontro ocorreu na sede do Ministério Público de São Paulo (MPSP), no centro da capital, e durou cerca de uma hora. Na pauta da conversa reservada, sem a presença de auxiliares, estavam os índices de criminalidade em São Paulo, segundo a assessoria de imprensa do MPSP.
Derrite já disse a jornalistas que pretende ampliar a transparência na divulgação das estatísticas criminais do estado. A indicação dele para o comando da Segurança não foi vista com bons olhos por alguns grupos que atuam no setor por causa do vínculo com a ala mais radical do bolsonarismo.
Durante anos, nos governos do PSDB, os nomeados para chefiar a pasta eram quadros egressos do Ministério Público. Um deles é o hoje ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desafeto dos bolsonaristas.
Depois da conversa, o futuro secretário da Segurança e o procurador-geral de Justiça caminharam pelas ruas do centro da capital paulista até a sede da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), onde almoçaram com diretores da associação.
O ex-PM, tido como um bolsonarista linha-dura, já havia se posicionado contra pautas defendidas por promotores de Justiça, como o uso de câmeras de monitoramento no uniforme de policiais, programa que Tarcísio já afirmou que irá manter, contrariando uma promessa de campanha.
A relação próxima com a Secretaria da Segurança Pública é tida como vital por promotores paulistas, uma vez que é com apoio da PM que boa parte das operações tocadas pelo MPSP são realizadas – especialmente em departamentos estratégicos, como o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que combate facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).