Peruca como disfarce: polícia prende homem apontado como “disciplina do fluxo” da Cracolândia
Homem suspeito de atuar como “disciplina do fluxo”, ditando regras para dependentes químicos, usava peruca para se disfarçar, diz polícia
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na tarde dessa terça-feira (8/8), sete pessoas suspeitas de atuarem no tráfico de drogas na Cracolândia, no centro da capital. Entre elas, estava um homem apontado como o “disciplina do fluxo”, responsável por ditar as regras para os dependentes químicos que habitam a região e resolver conflitos.
De acordo com a polícia, as prisões foram resultado de um trabalho de inteligência que teve início no dia 1º. A partir do monitoramento diário, os investigadores constataram que os alvos da operação estão continuamente em “real estado de pacto associativo ao tráfico de drogas”.
O homem apontado como “disciplina do fluxo” é João Vitor Emboava Araújo. Ele usava uma peruca para se disfarçar.
Um suspeito apontado como “capitão do mato” do disciplina, Danilo Hernandes Camargo, foi preso. A polícia afirma que ele seria responsável por “impor o terror” aos usuários. Ele portava um simulacro de arma de fogo.
Além deles, foram presos Paulo Roberto de Souza Oliveira, Jonathan Henrique Souza Oliveira, Carlos Acácio Ferreira da Silva, Orlando Pereira da Silva e Larissa de Souza Lima Silva.
Paulo Roberto de Souza Oliveira já havia sido preso na operação realizada no último dia 22, mas foi solto.
Também nessa terça-feira (8/8), o 2º Distrito Policial de São Paulo prendeu em flagrante um homem suspeito de tráfico com 100 kg de cocaína. Ele é William Silva Toledo.
Operações na Cracolândia
No último dia 22, a Polícia Civil prendeu 18 pessoas em uma operação contra o tráfico de drogas na Cracolândia. Na ocasião, foram apreendidas 118 gramas de crack.
Dias depois, em 26 de julho, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a Polícia Civil havia prendido naquele dia o principal fornecedor de drogas na região. O homem estava com 1,5 kg de droga.
Questionado pelo Metrópoles sobre qual o impacto da prisão de Mardel no fluxo de usuários, Derrite disse que é difícil saber. “Nós vamos identificar juntos. A gente vai acompanhar e ter esse diagnóstico agora”, afirmou. “Da nossa parte, não vai faltar empenho para continuar com essas operações”, disse.
