Gritzbach: polícia diz que mandante do crime estão em favela no Rio
Cigarreiro, apontado como um dos mandantes da execução de Gritzbach, está na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, acredita a polícia
atualizado
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São Paulo — O secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP) paulista, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou na tarde desta quinta-feira (13/2) que dois dos três foragidos, suspeitos de participar do assassinato do delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach, estão na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
Segundo Nico, estão sendo procurados os dois apontados como mandantes do crime, Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou João Cigarreiro; Diego dos Santos Amaral, o Didi; e o olheiro Kauê do Amaral Coelho. Kauê e Cigarreiro estão no Complexo da Penha.
“Todo mundo sabe. A gente já esteve lá, no Rio de Janeiro, mas a gente não tem jurisdição para entrar. Um dia a gente vai pegar”, afirmou o delegado da Polícia Civil.
Já Didi está escondido na Bolívia: “A gente acredita que Didi está na Bolívia. O próximo o vai ser rastrear esses locais onde eles possam estar escondidos para fazer a captura”, afirmou Rogerio Barbosa Thomaz, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em entrevista coletiva, realizada na sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo, Nico afirmou que o caso está esclarecido e revelou que Cigarreiro e Didi teriam mandado matar Gritzbach para “vingar a morte do Anselmo [o Cara Preta] e o dinheiro que foi roubado dele”.
Gritzbach foi submetido à “Corte do crime”, acusado de aplicar um golpe milionário e mandar matar Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, assassinado em dezembro de 2021.
Cumprimento de mandados
- Nesta quinta (13/2), o DHPP deflagrou uma operação para cumprir novos mandados judiciais contra envolvidos no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach.
- Cerca de 120 agentes participaram da operação e realizaram buscas em mais de 20 endereços.
- Ao todo, foram presos 26 suspeitos, sendo: 17 policiais militares, cinco policiais civis — presos na Operação Tacitus por suspeita de elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvimento com lavagem de dinheiro e corrupção ativa e iva — e quatro pessoas relacionadas ao Kauê, apontado como olheiro no dia da execução do delator do PCC.
- A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava a relação de policiais civis com o PCC na última quarta-feira (12/2).
- Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas, sendo três policiais civis. Entre eles, estão o delegado Fábio Baena e o investigador Eduardo Monteiro.