{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F13143631%2FThabata-doenca-ossos-de-vidro-AACD.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F13143631%2FThabata-doenca-ossos-de-vidro-AACD.jpg", "width": "1200", "height": "800", "caption": "Thabata, mulher que tem doença de vidro nos ossos - Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/sao-paulo/fratura-abraco-ossos-vidro#webpage", "url": "/sao-paulo/fratura-abraco-ossos-vidro", "datePublished": "2025-06-15T02:45:10-03:00", "dateModified": "2025-06-15T02:45:10-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F13143631%2FThabata-doenca-ossos-de-vidro-AACD.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/rebeca-ligabue", "name": "Rebeca Ligabue", "url": "/author/rebeca-ligabue", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2025-06-15T02:45:10-03:00", "dateModified": "2025-06-15T02:45:10-03:00", "author": { "@id": "/author/rebeca-ligabue", "name": "Rebeca Ligabue" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "description": "A paulista Thabata Penassi nasceu com uma doença rara, a osteogênese imperfeita. Ao longo dos anos, ela já teve mais de 150 fraturas nos ossos", "@id": "/sao-paulo/fratura-abraco-ossos-vidro#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/sao-paulo/fratura-abraco-ossos-vidro#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F13143631%2FThabata-doenca-ossos-de-vidro-AACD.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/sao-paulo/fratura-abraco-ossos-vidro#webpage" }, "articleBody": "Atividades corriqueiras podem ser um risco para quem tem “ossos de vidro”, como é conhecida popularmente a osteogênese imperfeita, uma doença rara com a qual Thabata Penassi, de 37 anos, lida diariamente. E foi no afago de um abraço que ela teve a fratura mais recente. Ao receber o carinho de uma familiar, quebrou o cotovelo, por exemplo. Ao longo do tempo, a paulista já perdeu as contas de quantas fraturas teve exatamente. Thabata estima que sejam mais de 150, “chutando baixo”. No entanto, a patologia não foi um impeditivo para que ela tivesse uma infância cheia de peripécias e também virasse psicóloga. 4 imagensFechar modal.1 de 4Thabata Penassi tem a doença dos \"ossos de vidros\"Material cedido ao Metrópoles2 de 4A paulista foi diagnosticada com osteogênese imperfeita ainda na infânciaMaterial cedido ao Metrópoles3 de 4Thabata frequentou escolas regularmente e se tornou psicólogaMaterial cedido ao Metrópoles4 de 4Ela entrou como paciente na AACD, depois se tornou funcionáriaMaterial cedido ao Metrópoles Duas fraturas por mês Aos 29 dias de vida, após um choro incontrolável em meio a um banho, Thabata foi levada a uma unidade de saúde pela família. “Minha mãe ficou desesperada. No hospital, eles já perceberam que eu tinha fraturado a perna. Acharam que a minha mãe tinha me batido. Chamaram a polícia, assistente social… só que, enquanto eles me manipulavam para tirar radiografia, também acabaram me fraturando”, conta. “Eu entrei com uma fratura e saí com cinco”. De início, o diagnóstico da osteogênese imperfeita em grau severo veio acompanhado de uma série de incertezas. “Na época, não tinha muita informação. Falaram para os meus pais que eu não conseguiria ar dos dois três aninhos de idade, que era para eles cuidarem, me manter deitadinha, não ter muita muita interação”, conta. Com o ar dos dias, dos meses, dos anos, os pais de Thabata perceberam que a fragilidade óssea não a impossibilitaria de viver. Na infância, ela tinha, em média, uma fratura por mês. A mãe parou de contar as quebras de ossos na centésima vez, aos 10 anos da filha. No entanto, a menina não deixava de se divertir. “Fui uma criança normal, cresci com um irmão que brincava comigo. Mas minha mãe sempre teve cuidado de me manipular, eu lembro de ela me manusear e fraturar a minha costela. Ela cuidou de mim instintivamente, sempre esteve à frente do tempo dela”, reconhece Thabata. “O meu cognitivo acompanhou a idade, eu aprendia e fazia arte como qualquer criança”. Aos 8 anos, Thabata conseguiu entrar na escola em que o irmão já frequentava. No começo, ia estudar em um carrinho de bebê, mas no mesmo ano ganhou a primeira cadeira motorizada.  “Sempre fui muito tagarela e a diretora me conhecia. Minha mãe pediu para ser voluntária e me acompanhar. Nos primeiros anos, ela ficou como merendeira e me ajudava no intervalo. Depois, troquei de escola e ela foi voluntária na secretaria”, relembra. “Eu era a única criança com deficiência [na escola]. Sofri bullying, mas também fiz amigos.” Leia também São Paulo Alesp aprova cotas para PCDs em cursos técnicos e universidades de SP São Paulo SP: lesão corporal seguida de morte contra mulheres e estupros crescem São Paulo Candidato a professor de direito da USP questiona concurso na Justiça São Paulo Famílias acolhedoras preservam dignidade de crianças antes de adoção Tratamento  A osteogênese imperfeita é considerada uma doença rara. Estima-se que a prevalência seja de um caso a cada 10 mil a 12 mil nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença é causada por mutações em genes. Trata-se de um distúrbio genético do tecido conjuntivo, causado principalmente por uma alteração na síntese ou processamento de colágeno tipo I, como explica Alexandre Zuccon, médico do Hospital Ortopédico da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD). “As manifestações são diversas e a principal é caracterizada por uma maior suscetibilidade a fraturas ósseas e diminuição da densidade mineral óssea. Outros sinais incluem esclera azulada (parte branca dos olhos com coloração azulada), dentinogênese imperfeita (dentes mais frágeis e sujeitos a cáries), baixa estatura, déficit auditivo na idade adulta, aumento da frouxidão ligamentar e cardiopatias valvares (ligadas às valvas aórtica, mitral, pulmonar e tricúspide)”, detalha o ortopedista. Segundo o especialista, o tratamento necessita de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, terapeutas e ortesistas. Além disso, a atuação varia de acordo com a idade, gravidade e status funcional de cada paciente. “O tratamento ortopédico tem o objetivo de corrigir e evitar a progressão de deformidades e prevenir novas fraturas, e isso é possível por meio de cirurgias. São realizados cortes ósseos nos locais de deformidade e, após o alinhamento, esses ossos são fixados com um tutor intramedular, ou seja, uma haste dentro do canal do osso. Dessa forma, o ciclo de fraturas pode ser quebrado e, consequentemente, a reabilitação e atividades físicas tornam-se mais efetivas melhorando a qualidade de vida do paciente”, esclarece Zuccon. No caso de Thabata, o tratamento rigoroso perdurou durante a infância e a adolescência. Em 2008, aos 19 anos, Thabata teve alta do processo de reabilitação e mudou o vínculo com a AACD: de paciente para funcionária. A paulista ingressou na instituição no cargo de auxiliar istrativa e investiu na graduação em psicologia. Após se formar na faculdade, ela seguiu na AACD como psicóloga. Atualmente, faz acompanhamento médico para controle de fraturas. Thabata enfatiza que é preciso haver cada vez mais oportunidades para pessoas com deficiência (PCDs). “O que falta principalmente é a empatia”, avalia. “Representatividade não se dá só como inclusão.” Receba notícias de São Paulo no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do Metrópoles SP no Instagram. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do Metrópoles SP: (11) 99467-7776.", "keywords": "São Paulo, doença, Doença rara, pessoa com deficiencia", "headline": "Fratura até com abraço: a vida de uma psicóloga que tem ossos de vidro", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "São Paulo, São Paulo, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-23.5625703", "longitude": "-46.6945706" } } } ] }Fratura até com abraço: a vida de uma psicóloga que tem ossos de vidro | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Fratura até com abraço: a vida de uma psicóloga que tem ossos de vidro

A paulista Thabata Penassi nasceu com uma doença rara, a osteogênese imperfeita. Ao longo dos anos, ela já teve mais de 150 fraturas

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Thabata, mulher que tem doença de vidro nos ossos - Metrópoles
1 de 1 Thabata, mulher que tem doença de vidro nos ossos - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Atividades corriqueiras podem ser um risco para quem tem “ossos de vidro”, como é conhecida popularmente a osteogênese imperfeita, uma doença rara com a qual Thabata Penassi, de 37 anos, lida diariamente. E foi no afago de um abraço que ela teve a fratura mais recente. Ao receber o carinho de uma familiar, quebrou o cotovelo, por exemplo.

Ao longo do tempo, a paulista já perdeu as contas de quantas fraturas teve exatamente. Thabata estima que sejam mais de 150, “chutando baixo”. No entanto, a patologia não foi um impeditivo para que ela tivesse uma infância cheia de peripécias e também virasse psicóloga.

4 imagens
A paulista foi diagnosticada com osteogênese imperfeita ainda na infância
Thabata frequentou escolas regularmente e se tornou psicóloga
Ela entrou como paciente na AACD, depois se tornou funcionária
1 de 4

Thabata Penassi tem a doença dos "ossos de vidros"

Material cedido ao Metrópoles
2 de 4

A paulista foi diagnosticada com osteogênese imperfeita ainda na infância

Material cedido ao Metrópoles
3 de 4

Thabata frequentou escolas regularmente e se tornou psicóloga

Material cedido ao Metrópoles
4 de 4

Ela entrou como paciente na AACD, depois se tornou funcionária

Material cedido ao Metrópoles

Duas fraturas por mês

Aos 29 dias de vida, após um choro incontrolável em meio a um banho, Thabata foi levada a uma unidade de saúde pela família. “Minha mãe ficou desesperada. No hospital, eles já perceberam que eu tinha fraturado a perna. Acharam que a minha mãe tinha me batido. Chamaram a polícia, assistente social… só que, enquanto eles me manipulavam para tirar radiografia, também acabaram me fraturando”, conta. “Eu entrei com uma fratura e saí com cinco”.

De início, o diagnóstico da osteogênese imperfeita em grau severo veio acompanhado de uma série de incertezas. “Na época, não tinha muita informação. Falaram para os meus pais que eu não conseguiria ar dos dois três aninhos de idade, que era para eles cuidarem, me manter deitadinha, não ter muita muita interação”, conta.

Com o ar dos dias, dos meses, dos anos, os pais de Thabata perceberam que a fragilidade óssea não a impossibilitaria de viver. Na infância, ela tinha, em média, uma fratura por mês. A mãe parou de contar as quebras de ossos na centésima vez, aos 10 anos da filha. No entanto, a menina não deixava de se divertir.

“Fui uma criança normal, cresci com um irmão que brincava comigo. Mas minha mãe sempre teve cuidado de me manipular, eu lembro de ela me manusear e fraturar a minha costela. Ela cuidou de mim instintivamente, sempre esteve à frente do tempo dela”, reconhece Thabata. “O meu cognitivo acompanhou a idade, eu aprendia e fazia arte como qualquer criança.

Aos 8 anos, Thabata conseguiu entrar na escola em que o irmão já frequentava. No começo, ia estudar em um carrinho de bebê, mas no mesmo ano ganhou a primeira cadeira motorizada. 

“Sempre fui muito tagarela e a diretora me conhecia. Minha mãe pediu para ser voluntária e me acompanhar. Nos primeiros anos, ela ficou como merendeira e me ajudava no intervalo. Depois, troquei de escola e ela foi voluntária na secretaria”, relembra. “Eu era a única criança com deficiência [na escola]. Sofri bullying, mas também fiz amigos.”

Tratamento 

A osteogênese imperfeita é considerada uma doença rara. Estima-se que a prevalência seja de um caso a cada 10 mil a 12 mil nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde.

A doença é causada por mutações em genes. Trata-se de um distúrbio genético do tecido conjuntivo, causado principalmente por uma alteração na síntese ou processamento de colágeno tipo I, como explica Alexandre Zuccon, médico do Hospital Ortopédico da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD).

As manifestações são diversas e a principal é caracterizada por uma maior suscetibilidade a fraturas ósseas e diminuição da densidade mineral óssea. Outros sinais incluem esclera azulada (parte branca dos olhos com coloração azulada), dentinogênese imperfeita (dentes mais frágeis e sujeitos a cáries), baixa estatura, déficit auditivo na idade adulta, aumento da frouxidão ligamentar e cardiopatias valvares (ligadas às valvas aórtica, mitral, pulmonar e tricúspide)”, detalha o ortopedista.

Segundo o especialista, o tratamento necessita de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, terapeutas e ortesistas. Além disso, a atuação varia de acordo com a idade, gravidade e status funcional de cada paciente.

O tratamento ortopédico tem o objetivo de corrigir e evitar a progressão de deformidades e prevenir novas fraturas, e isso é possível por meio de cirurgias. São realizados cortes ósseos nos locais de deformidade e, após o alinhamento, esses ossos são fixados com um tutor intramedular, ou seja, uma haste dentro do canal do osso. Dessa forma, o ciclo de fraturas pode ser quebrado e, consequentemente, a reabilitação e atividades físicas tornam-se mais efetivas melhorando a qualidade de vida do paciente”, esclarece Zuccon.

No caso de Thabata, o tratamento rigoroso perdurou durante a infância e a adolescência. Em 2008, aos 19 anos, Thabata teve alta do processo de reabilitação e mudou o vínculo com a AACD: de paciente para funcionária.

A paulista ingressou na instituição no cargo de auxiliar istrativa e investiu na graduação em psicologia. Após se formar na faculdade, ela seguiu na AACD como psicóloga. Atualmente, faz acompanhamento médico para controle de fraturas.

Thabata enfatiza que é preciso haver cada vez mais oportunidades para pessoas com deficiência (PCDs). “O que falta principalmente é a empatia”, avalia. “Representatividade não se dá só como inclusão.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?