Escola faria reunião com alunos sobre briga nesta 2ª, diz secretário
Discussão, na sexta ada, teria sido o motivo para que um dos estudantes matasse professora e ferisse outras quatro pessoas na escola
atualizado
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São Paulo – O secretário de Educação, Renato Feder, disse que a direção da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, faria reunião nesta segunda-feira (27/3) com os alunos envolvidos em uma briga na semana ada. A discussão teria sido o motivo para que um dos estudantes matasse uma professora e ferisse outras quatro pessoas, nesta manhã, na unidade de ensino.
Segundo o secretário, a briga teria ocorrido na sexta-feira (24) e não havia dado tempo para que as professoras apurassem as versões e tomassem uma medida. “Isso seria feito hoje”, disse em entrevista coletiva.
Feder afirmou que a secretaria possui uma plataforma pela qual toda ocorrência dentro de escolas é comunicada às diretorias de ensino. Essa comunicação, no entanto, tem um prazo de sete dias para ser feita.
O ataque ocorreu por volta das 7h20, de acordo com a Polícia Militar. O adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da escola. Ele entrou em duas salas de aula, com a faca em mãos e usando uma máscara de caveira, e golpeou pelo menos dez vezes uma das professoras pelas costas, matando-a.
A professora morta é Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Também foram esfaqueadas as professoras Rita de Cássia Reis, de 67 anos, e Ana Célia Rosa, de 58 anos. Um aluno de 13 anos foi atingido pelo aluno.
Pais e alunos relataram a briga que teria dado origem ao ataque. Maria José Fernandes, mãe de uma estudante de 13 anos da escola, disse que o rapaz que atacou a instituição de ensino tinha brigado com outro aluno na semana ada.
Outro estudante detalhou que a briga da semana ada teria começado por causa de ataques racistas feitos pelo autor das facadas a um colega. O aluno vítima dos xingamentos racistas não teria ido à escola hoje.
Não é a primeira vez que o agressor se envolve em ocorrências de violência. A direção da antiga escola do adolescente alertou a polícia sobre o “comportamento suspeito” do estudante um mês antes do atentado.
O secretário informou que a escola ficará uma semana fechada e que uma equipe de psicólogos está fazendo atendimento à comunidade escolar. Essa semana será descontada do recesso escolar do meio de ano.