Derrite fala sobre PMs que liberaram dono do Porsche após acidente
Secretaria da Segurança Pública investiga a atuação de PMs que permitiram que mãe tirasse motorista do Porsche do local do acidente
atualizado
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São Paulo — O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta sexta-feira (5/4) que policiais que atuaram no caso do acidente com um Porsche em que o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, morreu, responderão por eventuais erros.
A Polícia Militar instaurou uma investigação preliminar para apurar a conduta dos PMs que permitiram que empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, motorista do Porsche, deixasse o local do acidente com a mãe.
“Sei que a Polícia Militar está apurando se houve erro por parte dos policiais militares em permitir que ele fosse socorrido por familiares. Se houve erro, os policiais certamente vão responder por isso”, afirmou Derrite.
A declaração do secretário da Segurança Pública foi feita durante evento nesta sexta-feira para o anúncio de reforço policial no centro da capital.
Na madrugada do acidente, a mãe de Fernando Sastre Filho, tirou o empresário do local onde ocorreu a colisão dizendo aos policiais que iria levar o filho ao Hospital São Luiz Ibirapuera.
No entanto, horas depois, policiais foram até o hospital e foram informados que Fernando não havia dado entrada na unidade de saúde.
Depoimento
Em depoimento, Daniela Cristina de Medeiros Andrade afirmou que não levou o filho para o hospital, após o acidente com o Porsche, porque dormiu depois de tomar um relaxante muscular.
Ela foi indiciada pela Polícia Civil por fraude processual, porque inviabilizou que Fernando Sastre Filho fosse submetido a exames toxicológicos.
O empresário, também em depoimento, itiu que, de fato, não foi para nenhum hospital. Ele disse que sua mãe o levou para casa, onde repousou. Depois, ela teria dito que tinha recebido ameaças pelo celular, sem especificar de quem, e que achou melhor não buscar atendimento médico para o filho.
Amigo do empresário
Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, ageiro do Porsche envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na madrugada do último domingo (31/3) precisou retirar o baço.
Ele teve quatro costelas quebradas e segue internado sem previsão de alta na UTI de unidade do hospital São Luiz Anália, na zona leste de São Paulo.
O estudante é amigo do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, que dirigia o Porsche. Os dois estavam juntos em uma casa de pôquer de onde saíram momentos antes da batida na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, também na zona leste.
De acordo com informações obtidas pelo portal g1, o estado de saúde de Marcus ainda apresenta riscos e, por isso, não há previsão de alta. Ele ainda não foi ouvido pela polícia sobre o caso.
