Deputado do PL não cede a Valdemar e mira PT e bolsonaristas por vaga no TCE
Ricardo Madalena decide manter candidatura ao TCE mesmo após “pedido pessoal” de Valdemar por apoio a seu conterrâneo de outro partido
atualizado
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São Paulo – O deputado estadual Ricardo Madalena (PL) não cedeu à pressão do presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, e manteve seu nome na disputa pela próxima vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), que será aberta no mês que vem com a aposentadoria do conselheiro Edgard Camargo Rodrigues.
Após Valdemar fazer um “pedido pessoal” para que a bancada do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) apoie a indicação do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), Madalena disse ao presidente da sigla que não desistirá da cadeira no TCE.
Os dois conversaram durante reunião do cacique do PL com 17 dos 19 parlamentares da bancada, na sede do partido em São Paulo, na manhã de segunda-feira (7/8). Conterrâneo de Valdemar em Mogi das Cruzes, Bertaiolli foi levado ao encontro dos liberais, o que causou uma saia-justa.
Madalena diz que iniciou sua articulação pela vaga em abril, antes do concorrente, com “anuência” de Valdemar, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), presidente do partido de Bertaiolli.
“Tive anuência dos três em abril. Em junho, foi ratificado pelo Kassab que a indicação seria de um deputado do PL. Acho que seria legítimo ser um deputado da Casa, uma vez que essa indicação compete à Assembleia Legislativa”, disse Madalena ao Metrópoles.
O deputado conta com o apoio de parte da ala bolsonarista do PL, incomodada com a influência de Valdemar e Kassab no governo Tarcísio e na Alesp, e tem conversado com outros partidos da Casa. Nesta terça-feira (8/8), Madalena se reuniu com a bancada do PT, a segunda maior da Assembleia. O mesmo fez o deputado federal Marco Bertaiolli.
A vaga no TCE será aberta no dia 24 de setembro, com a aposentadoria compulsória do conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, que completa 75 anos. Para ocupá-la, o candidato precisa reunir 48 s de parlamentares e depois obter 48 dos 94 votos no plenário da Alesp.