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Caso de alunas de medicina que zombaram de paciente chega à Justiça

Investigação foi aberta após família de paciente transplantada registrar boletim de ocorrência de injúria contra estudantes de medicina

atualizado

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As estudantes de medicina Thais Caldeiras Soares Foffano (esq.) e Gabrielli Farias de Souza - Metrópoles
1 de 1 As estudantes de medicina Thais Caldeiras Soares Foffano (esq.) e Gabrielli Farias de Souza - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A Polícia Civil finalizou, nessa quarta-feira (16/4), a investigação sobre o caso de injúria atribuído às estudantes de medicina Thaís Caldeiras Soares Fofffano e Gabrielli Farias de Souza. Ambas se apresentaram segunda-feira (14/4) no 14º DP (Pinheiros) para prestar depoimento sobre um vídeo que compartilharam, no TikTok, no qual expam a situação clínica de uma paciente.

Como relevado pelo Metrópoles, a família de Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, registrou um boletim de ocorrência contra as estudantes, afirmando que ambas cometeram injúria. Entre o registro da ocorrência e a conclusão do inquérito policial (IP) aram-se 13 dias. O caso agora é avaliado pela Justiça, que ainda irá encaminhá-lo ao Ministério Público de São Paulo (MPSP).

O delegado Marco Antônio Bernardo, titular do 14º DP, explicou que as duas alunas não foram indiciadas pelo crime, cuja tramitação deve ocorrer por meio de uma ação penal particular. “Imagino que o MPSP não irá oferecer denúncia contra as estudantes, porque elas não são criminosas, mesmo com o erro que cometeram [de expor a paciente]”.

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Vídeo foi tirado do ar
Alunas expam caso de paciente
Estudantes mencionam informações inverídicas, segundo família de paciente
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Uma das alunas chega a zombar da quantidade de transplantes aos quais Vitória foi submetida

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Vídeo foi tirado do ar

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Alunas expam caso de paciente

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Estudantes mencionam informações inverídicas, segundo família de paciente

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Reprodução/TikTok/Arquivo Pessoal

A paciente morreu 11 dias após a postagem do vídeo, tirado do ar pelas estudantes no último dia 8. Vitória já havia realizado três transplantes cardíacos. Ela faleceu de insuficiência renal, em 28 de fevereiro, no Instituto do Coração (Incor), onde Thaís e Gabrielli realizavam um estágio, pelo qual cada uma pagou R$ 8,5 mil.

“Moça abençoada”

Em depoimento no 14º DP (Pinheiros), Thaís afirmou que, ao compartilhar o vídeo no TikTok, pretendia comentar o caso clínico, acrescentando “nunca ter tido a intenção de ofender ninguém”.

Em um trecho do vídeo, a estudante afirmou: “Essa menina está achando que tem sete vidas”, referindo-se ao fato de Vitória ter realizado três transplantes de coração, realizados entre a infância e o início da vida adulta da paciente.

Sobre o comentário, considerado ofensivo e irônico por familiares de Vitória, a estudante disse que quis ressaltar “tratar-se de uma moça abençoada, algo realmente muito raro”.

Thaís reforçou que “jamais quis zombar da paciente” ressaltando o fato de que “não a conhecia”, além de não ter mantido contato com Vitória no hospital “nem com o prontuário”.

Ela e Gabrielli afirmaram que o caso de Vitória foi usado por professores como exemplo durante o estágio, mas sem a identificação da paciente.

“Nunca quis ofender”

Gabrielli também afirmou em depoimento que, ao participar do vídeo, “teve somente a intenção de comentar o caso clínico”, sobre o qual ficou sabendo durante o estágio.

“Nunca quis ofender ninguém”, afirmou, acrescentando não ter tido contato com Vitória, da qual não sabia o nome. “O objetivo foi tão somente comentar o caso médico”.

A aluna explicou ainda que “é comum” o debate de casos complexos, como o de Vitória. “O estágio apresenta esse tipo de caso: o vídeo tinha como objetivo o caso e não a paciente”.

A pena para o crime de injúria oscila entre seis meses e um ano de detenção. Na prática, isso não resulta em cumprimento de condenação no regime fechado. O delito é atribuído às estudantes.

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Foto de Vitória pouco antes de seu primeiro transplante, aos 6 anos
Foto tirada em 2016, após o segundo transplante de coração de Vitória
Mãe e filha no Instituto do Coração de São Paulo
Vitória aguarda pelo terceiro transplante de coração
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Foto tirada logo após o primeiro transplante de Vitória, quando ela tinha 6 anos

Arquivo Pessoal
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Foto de Vitória pouco antes de seu primeiro transplante, aos 6 anos

Arquivo Pessoal
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Foto tirada em 2016, após o segundo transplante de coração de Vitória

Arquivo Pessoal
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Mãe e filha no Instituto do Coração de São Paulo

Arquivo Pessoal
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Vitória aguarda pelo terceiro transplante de coração

Arquivo Pessoal

Deboche de alunas de medicina

  • O caso envolvendo as alunas de medicina veio à tona após o vídeo postado por uma delas viralizar e chegar à família da paciente.
  • Na gravação, apesar de não falarem o nome da jovem, Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano mencionam os três transplantes cardíacos.
  • Elas indicam quando os procedimentos foram feitos – na infância, na adolescência e no início da maioridade, o que coincide com o quadro de Vitória, único no país.
  • As estudantes comentam, no vídeo, que a paciente não havia tomado os remédios corretamente, razão pela qual teria sido submetida à sucessão de transplantes.
  • A postagem, feita em 17 de fevereiro, foi visualizada por pouco mais de 212 mil pessoas.

A repercussão do caso fez com que o vídeo fosse tirado do ar.

“Um transplante cardíaco já é burocrático, já é raro, tem a questão da fila de espera, da compatibilidade, mil questões envolvidas… Agora, uma pessoa ar por um transplante três vezes, isso é real e aconteceu aqui no Incor e essa paciente está internada aqui”, afirma Thaís no vídeo.

Na postagem, Thaís ainda comenta que ela e a colega iriam se encontrar com Vitória em seguida. “A gente vai subir lá em cima [sic] e tentar conversar com essa paciente transplantada por três vezes.”

Família contesta declarações

Cláudia, mãe de Vitória, contestou as declarações das estudantes. “O que elas dizem é inverídico e temos provas de tudo, de que ela [Vitória] seguia o tratamento à risca”, diz a mãe.

“A gente sempre acompanhou a Vitória. A gente sabia o quanto ela lutava para viver, né? Tanto é que tem um monte de ofício na promotoria de a gente pedindo ajuda com medicação, com agem para vir no tratamento. Ela nunca faltou a uma consulta sequer, né? E minha filha tinha sede de vida. Tudo o que ela queria era viver. Aí vem uma pessoa e diminui a história dela, eu não aceito, quero Justiça”, desabafou Cláudia.

Após o episódio, a mãe registrou um boletim de ocorrência (B.O.) e acionou o MPSP. Ela também constituiu um advogado, para representá-la na formalização de uma queixa-crime contra as estudantes.

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