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Câmara vota “PL bomba” que dá prazo de 30 anos para ônibus elétrico

Presidente da Câmara de SP, Milton Leite propôs PL, aprovado em 1ª votação, que amplia para 2054 prazo para frota de ônibus 100% elétrica

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra ônibus elétricos - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — O presidente da Câmara, Milton Leite (União), propôs um projeto de lei que amplia até 2054 o prazo para a eletrificação da frota de ônibus municipais de São Paulo. O PL 825/2024, que trata sobre o tema, pegou de surpresa pessoas que acompanham as discussões no setor, provocou críticas por dilatar em 16 anos um limite que já tinha sido estendido em 2018 para 2038 e é visto como “uma bomba” na mobilidade urbana e na política ambiental da cidade.

O PL de Leite foi proposto na última terça-feira (3/12) e aprovado em primeira votação já no dia seguinte. Não há data definida para a segunda votação. A primeira crítica de representantes da sociedade civil é a de que não houve qualquer discussão com os cidadãos a respeito de um assunto que, na prática, a uma borracha em cima do que foi estabelecido pela Lei do Clima, de 2018, no que diz respeito aos ônibus. Até o momento, só 3,7% dos coletivos são elétricos na capital paulista.

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Questionado nesta segunda, o vereador afirmou em nota que o PL “tem o objetivo apenas de adaptar a política de substituição da frota de ônibus às dificuldades impostas pela Enel, que não implantou a infraestrutura necessária para fornecimento de energia para os novos ônibus elétricos, incluindo subestações e redes de distribuição”.

Por meio do PL, o presidente da Câmara também tornaria bastante suave a substituição parcial dos coletivos ao longo do tempo. Antes prevista já para 2028, no fim do segundo mandato de Ricardo Nunes (MDB), a troca de metade da frota por ônibus movidos a energia limpa ficaria para 2044 (20 anos após a entrada da lei em vigor).

A proposta de Leite também acabaria com a proibição de que novos ônibus diesel sejam inseridos no sistema de transporte, determinação que vigora desde 2022.

A proximidade de Leite com o setor de transportes públicos é antiga. O presidente da Câmara chegou a ser investigado na Operação Fim da Linha, por causa de sua proximidade com Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, presidente da Transwolff, empresa suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além de ampliar o prazo para tornar a totalidade da frota movida por energia limpa, o PL do presidente da Câmara prevê também que empresários possam compensar as emissões comprando crédito de carbono. Para o especialista em mobilidade urbana Rafael Calábria, essa proposta, na prática, acaba com a Lei do Clima.

“A possibilidade de trocar por crédito de carbono faz com que o empresário compre um crédito de carbono que pode vir de outro país, gerando benefício em outro país. E aqui, na cidade onde 11 milhões de pessoas respiram todos os dias, vai seguir a poluição”, diz Calábria.

“Essa possibilidade de crédito de carbono para um setor que gera poluição onde as pessoas vivem é muito mais grave. É uma manobra para acabar com a efetividade da Lei do Clima”, afirma.

Calábria também diz que a lei proposta em 2018 já levava em consideração as dificuldades que o setor teria para trocar os ônibus, mas que foi amplamente debatida em audiências e reuniões. Segundo o especialista, o principal problema foi a demora da prefeitura em tratar do assunto, deixando para o último ano, quando ou a subvencionar a troca dos coletivos realizada pelas empresas

Uma audiência pública foi realizada na tarde desta segunda para tratar do tema e diversos representantes da sociedade social se manifestaram de forma contrária ao PL de Leite. Entre os pontos destacados há o fato de que a prefeitura não chamou para si a responsabilidade de prover a infraestrutura para o reabastecimento do veículos elétricos e nem exigiu das concessionárias que isso fosse feito.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) seria questionado sobre o PL dos ônibus ao final de evento realizado no Tribunal de Contas do Município (TCM). A sua assessoria foi informada a respeito disso, mas, depois de dizer que responderia às perguntas dos jornalistas, o prefeito saiu do local sem atender à imprensa, quando todos os repórteres já estavam posicionados.

Descumprimento

Como mostrou reportagem publicada pelo Metrópoles nesta segunda (9/12), a Prefeitura de São Paulo descumprirá a meta de 20% da frota de ônibus com energia limpa até o fim deste ano. Atualmente, somados os trólebus, apenas 3,7% dos coletivos são movidos a energia elétrica.

Até o momento, a prefeitura já gastou cerca de R$ 500 milhões para subvencionar a compra de pouco mais de 200 ônibus por parte das empresas. O dinheiro segue diretamente para as fornecedoras dos veículos.

O que diz a prefeitura

A Prefeitura de São Paulo afirma que “aguarda o trâmite do projeto no âmbito do legislativo e reforça que a cidade tem a maior frota de ônibus elétricos do país, com 491 veículos em operação”.

O que diz Milton Leite

Segundo Leite, atualmente, há a necessidade de renovação de cerca de 3.500 ônibus que compõem o sistema. “No entanto, a concessionária de energia não fez os investimentos necessários para o suprimento de eletricidade, seja nas redes de baixa, média ou alta tensão”, diz.
O vereador afirma que, diante dessa mesma dificuldade, o PL também traz a possibilidade de que as empresas busquem as compensações ambientais necessárias em relação à emissão de poluentes. “O texto do projeto vai respeitar todas as metas de redução de poluentes estabelecidas pelos países na COP”, afirma.

O que diz a Enel

A Enel afirma que, em relação à infraestrutura para o abastecimento de energia das garagens, tem participado de reuniões semanais com os operadores, sempre com o acompanhamento da SPTrans.

“A companhia vem trabalhando junto aos operadores, analisando cada uma das possíveis soluções em função das necessidades específicas, seja para a conexão elétrica individual de cada uma das garagens ou mesmo para possíveis hubs compartilhados de carregamento”, diz.

“As soluções a serem implementadas para cada garagem podem variar, de acordo com aspectos técnicos, econômicos e a definição dos operadores. Há soluções de curto e médio prazo, todas devidamente compatibilizadas com o avanço gradual do aumento da frota elétrica”, afirma.

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