Apreensões de maconha em SP causaram rombo de R$ 52 mi a facções
No total, apreensões de drogas em todo o estado nos quatro primeiros meses deste ano somaram 66,2 toneladas, volume 26% maior do que em 2024
atualizado
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As apreensões de maconha em São Paulo nos primeiros quatro meses deste ano, que totalizaram 42,5 toneladas da droga, representaram um prejuízo de R$ 52 milhões ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e às facções rivais que atuam no estado. Os dados, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), mostram que a maconha foi o entorpecente com maior volume de apreensão no período, seguido pela cocaína e o crack.
O rombo ao crime organizado é ainda maior se forem consideradas as demais apreensões. No total, foram tiradas das ruas 66,2 toneladas de drogas em todo o estado de janeiro a abril deste ano: além da maconha, foram 13,1 toneladas de cocaína, 2,3 toneladas de crack e 8,1 toneladas de outros entorpecentes.
“Entre crack e cocaína, o prejuízo [às facções criminosas] pode chegar a R$ 262 milhões, conforme o valor do quilo da droga negociado no mercado nacional”, informou a SSP em nota.
As 66 toneladas de drogas representam um aumento de 26,7% em relação às apreensões feitas no mesmo período do ano ado, quando 52,3 toneladas de entorpecentes foram interceptadas.
Maconha a caminho do Porto
A maior apreensão do ano no estado aconteceu em 12 de fevereiro, na Rodovia Castello Branco, em Porangaba, interior de São Paulo. A Polícia Militar Rodoviária encontrou 9 toneladas de maconha e skunk em meio à carga de milho transportada por um caminhão.
A polícia desconfiou do veículo, que trafegava com a placa suja de barro, impedindo a visualização. Os agentes deram ordem de parada e abordaram o motorista, que ficou visivelmente nervoso, aumentando as suspeitas.
Durante a vistoria, a polícia encontrou a droga escondida: eram 9,3 mil quilos de maconha e 132 quilos de skunk, divididos em cerca de 650 fardos com as drogas.
Segundo a SSP, o caminhoneiro, que acabou preso por tráfico, descarregaria os entorpecentes no Porto de Santos, no litoral paulista.
Como já revelado pelo Metrópoles, o porto é um dos principais escoadouros usados pelo PCC para despachar cocaína para países da África e da Europa, onde a droga rende bilhões à maior facção do Brasil.