Aluna da USP condenada por desviar R$ 1 mi da formatura consegue CRM
Alicia Veiga confessou ter desviado R$ 1 milhão do fundo da festa de formatura de medicina. Em dezembro, ela conseguiu tirar o CRM
atualizado
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São Paulo — A aluna Alicia Dudy Muller Veiga, que foi condenada no regime semiaberto a 5 anos por estelionato após confessar ter desviado quase R$ 1 milhão do fundo da formatura dos colegas do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP), conseguiu tirar o registro médico e está com o CRM ativo no Conselho Federal de Medicina (CFM).
De acordo com o portal, Alicia não tem especialidade declarada. O CRM dela está regular e foi ativado no dia 26 de dezembro de 2024.
A defesa da estudante reforçou, em nota, que Alicia tem direito ao esquecimento. Segundo ele, a Justiça já analisou os fatos e determinou as consequências legais cabíveis.
Veja:

Relembre o caso
- No começo de janeiro de 2023, a Polícia Civil começou a investigar a estudante de medicina Alicia Dudy Muller Veiga por suspeita de apropriação indébita após supostamente ter desviado R$ 920 mil do fundo de formandos da 106ª turma da Faculdade de Medicina da USP e por estelionato e lavagem de dinheiro, depois tentar apostar, sem pagar, um total de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil.
- No dia 19 de janeiro do mesmo ano, Alicia confessou, em depoimento à Polícia Civil, que usou parte do dinheiro da comissão de formatura de sua turma em benefício próprio.
- Ela afirmou que utilizou o dinheiro arrecadado pelos formandos com aluguéis de apartamento e de um carro. De acordo com a investigação, diante disso, foi comprovado o crime de apropriação indébita.
- A jovem, de 27 anos, foi indiciada por nove crimes de apropriação indébita e concurso material referente ao desvio de quase R$ 1 milhão em 30 de janeiro.
- No mesmo dia, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva da estudante.
- Após ficar meses sumida da universidade, Alicia voltou a frequentar as aulas em março daquele ano.
- Em novembro de 2023, a estudante de medicina virou alvo de nova denuncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) por estelionato, após golpe na Lotérica, ao tentar fraudar o pagamento dos bilhetes.
- Em julho de 2024, a Justiça de São Paulo condenou a jovem por estelionato no regime semiaberto após ela confessar ter desviado quase R$ 1 milhão do fundo da formatura de seus colegas do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP).