Acordo mantém PSDB no comando do Conselho de Ética da Alesp
Em seu sétimo mandato como deputado estadual, Barros Munhoz (PSDB) foi o escolhido para a presidência do Conselho de Ética da Alesp
atualizado
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São Paulo – Movimentado na última legislatura, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai continuar sob a presidência do PSDB. A eleição para o comando do colegiado foi marcada para a próxima terça-feira (25/4), mas um acordo entre as bancadas já definiu que o presidente será o deputado Barros Munhoz.
O tucano está em seu sétimo mandato na Alesp, sendo o quinto consecutivo, e sucederá a correligionária Maria Lúcia Amary. A vice-presidência, segundo apurou o Metrópoles, ficará com o deputado Carlos Cezar, líder da bancada do PL na Casa.
O conselho tem o poder de investigar deputados, impor sanções e solicitar a perda de mandato de parlamentares. Munhoz vai assumir o colegiado em meio à promessa do presidente da Alesp, André do Prado (PL), de “coibir os excessos”.
O nome do tucano foi bem recebido pela base governista por se tratar de uma figura sem relação com bandeiras ideológicas, mas com maior capacidade de aceno para a base do que para a oposição. A promessa é de que ele manterá o diálogo com o corregedor Alex de Madureira (PL).
Munhoz também não desagrada o PT, partido da oposição que corresponde à segunda maior bancada da Alesp, por ser um veterano que conhece o funcionamento interno da Assembleia.
Polêmicas
Na última legislatura, o Conselho de Ética da Alesp recebeu 93 representações contra parlamentares, conforme dado divulgado pela TV Globo, incluindo acusações de assédio e racismo. Houve também a cassação de um mandato parlamentar, a primeira em 23 anos, do ex-deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Mamãe Falei teve o mandato cassado por falas sexistas sobre mulheres ucranianas, em áudio revelado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. O deputado também entrou na mira do conselho por brigas com os deputados Gil Diniz (PL) e Teonilio Barba (PT).
Outro caso que movimentou o Conselho de Ética envolveu o ex-deputado Fernando Cury, que apalpou a colega Isa Penna no plenário da Alesp e teve o mandato suspenso por seis meses.