“Um mais um vai dar três”, diz fundador da Petz sobre fusão com Cobasi
Em reunião com analistas de mercado, Sergio Zimerman afirmou que só em dois ou três meses potencial de sinergia estará mapeado
atualizado
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O fundador e presidente da Petz, Sergio Zimerman, disse que a fusão da empresa com a Cobasi, anunciada nesta sexta-feira (19/4), não resultará numa soma convencional. “Nesse caso, um mais um vai dar três, quatro”, afirmou, em reunião online com analistas do mercado.
Zimerman observou que a fusão dos grupos, cujas discussões teriam avançado nos últimos 15 dias, não representa um “movimento no qual uma empresa tenta salvar a outra”. “É a união entre duas companhias absolutamente saudáveis”, disse.
No encontro online, Zimerman afirmou ainda que a otimização de lojas, com um eventual racionamento das unidades existentes no mercado, não foi discutida. “Nos próximos 60 ou 90 dias vamos ter um trabalho de diligência mais aprofundado das sinergias”, disse. Juntas, as duas companhias têm 483 unidades espalhadas por cerca de 20 estados brasileiros.
O presidente da Petz ressaltou que não há perspectiva de mudança de marcas das redes. “Não existe pretensão de alterar isso”, afirmou Zimerman. Ele acrescentou que a fusão das companhias tomou como inspiração a união entre a Droga Raia e a Drogasil, que mantiveram suas identidades comercias.
Governança
Para alcançar a divisão de 50% para cada companhia depois da fusão, os acionistas da Cobasi devem pagar R$ 450 milhões aos acionistas da Petz. O mercado considera que a Petz vale um pouco mais que a Cobasi, daí a necessidade do ajuste.
Sobre a governança, Zimerman disse que ocupará o cargo de presidente do conselho da istração da companhia combinada. Paulo Nassar, da família fundadora da Cobasi, será o CEO da empresa. O criador da Petz poderá indicar quatro membros ao conselho e os Nassar e o fundo Kinea, outros cinco nomes, num total de nove cadeiras, já incluídos os membros independentes.
Em termos de divisão da empresa, a posição de Sergio Zimerman, fundador e CEO da Petz, será de 14,9% das ações da empresa combinada (outros 35,1% são de livre negociação no mercado). A família Nassar, o fundo Kinea e outros acionistas ficarão com os demais 50%.
No evento com analistas, Zimerman acrescentou que está otimista em relação à análise do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão. “Existem categorias em que a Petz e a Cobasi não significam nada”, disse.