Para Haddad, governo precisa mostrar resultado nos primeiros meses
Haddad prometeu cortar gastos e diminuir o déficit primário, previsto em R$ 220 bilhões para 2023: “Hora de fazer arranjo é o primeiro ano”
atualizado
Compartilhar notícia

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (28/12) que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de mostrar resultados efetivos na economia logo no primeiro ano, em 2023.
Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad prometeu cortar gastos e diminuir o déficit primário, previsto em R$ 220 bilhões no Orçamento para o ano que vem.
“A hora de fazer arranjo é no primeiro ano”, afirmou o futuro ministro da Fazenda. “O governo tem de dizer logo ao que veio. Arrumar a casa é o item 1. Rever desonerações e benesses que foram dadas eleitoralmente e que não têm base técnica nenhuma. Temos de rever os atos desesperados. Isso é uma sinalização clara porque o Banco Central vai responder a ela, os investidores estrangeiros vão responder”, completou Haddad.
De acordo com os cálculos de Haddad, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou os gastos em cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para tentar vencer a eleição: 1,5% em aumento de despesas e 1,5% em desonerações “sem base técnica”.
Segundo o futuro ministro da Fazenda, o objetivo do próximo governo é cumprir essas tarefas nos primeiros três meses. “Acredito que será logo no primeiro trimestre, porque depois disso vem uma agenda mais estrutural, com a nova regra fiscal e a reforma tributária”, projetou.