Dólar a a subir e Bolsa recua com queda no PIB dos EUA
Na véspera, o dólar fechou com perdas de 0,31%, cotado a R$ 5,63, o menor valor desde o início do tarifaço comercial imposto pelos EUA
atualizado
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Depois de emendar oito sessões consecutivas de queda e abrir em baixa nesta quarta-feira (30/4), o dólar inverteu o sinal e ou a operar em alta, em mais um dia no qual os investidores repercutem a guerra comercial global, além de indicadores econômicos nos Estados Unidos e no Brasil.
Dólar
- Às 14h33, o dólar subia 0,88%, a R$ 5,681.
- Mais cedo, às 12h12, a moeda norte-americana avançava 0,62% e era negociada a R$ 5,666.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,687. A mínima é de R$ 5,605.
- Na véspera, o dólar fechou com perdas de 0,31%, cotado a R$ 5,63, o menor valor desde o início do tarifaço comercial imposto pelos EUA.
- Com o resultado, a moeda acumula queda de 1,32% em abril e de 8,89% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em queda no início do pregão.
- Às 14h38, o Ibovespa caía 0,25%, aos 134,7 mil pontos.
- Mais cedo, às 12h16, o indicador recuava 0,66%, aos 134,1 mil pontos.
- No dia anterior, o Ibovespa fechou o pregão em leve alta de 0,06%, aos 135 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,71% no mês e de 12,31% no ano.
Trump alivia tarifas para os automóveis
Nessa terça-feira (29/4), confirmando as expectativas do mercado, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um alívio nas tarifas impostas sobre o setor automotivo.
A bordo do Air Force One, o avião oficial da Presidência dos EUA, Trump assinou um decreto que estipula, no caso dos automóveis importados, uma pausa nas tarifas separadas sobre alumínio e aço. Assim, o governo norte-americano pretende evirar que múltiplas tarifas se acumulem no setor.
“Agora determinei que, na medida em que essas tarifas se aplicam ao mesmo artigo, elas não devem ter um efeito cumulativo (ou ‘se acumular’ uma sobre a outra) porque a taxa de imposto resultante de tal acúmulo excede o que é necessário para alcançar o objetivo político pretendido”, anotou Trump na ordem executiva divulgada pela Casa Branca.
De acordo com o governo dos EUA, devem ser modificadas as taxas de 25% sobre peças automotivas, que estavam previstas para entrar em vigor no dia 3 de maio. Os fabricantes de automóveis que produzem e vendem veículos nos EUA terão um desconto de até 3,75% do valor de um veículo fabricado no país, segundo informações do Departamento de Comércio.
Esse desconto diminuiria, em 1 ano, para até 2,5% do valor do automóvel e seria eliminado no ano seguinte – em uma tentativa de manter a fabricação doméstica. A medida seria válida para veículos produzidos após o dia 3 de abril.
Na semana ada, diversos grupos do setor apelaram a Trump para que houvesse uma redução das taxas de 25% sobre peças automotivas importadas, alegando que isso levaria a uma diminuição das vendas de veículos e à alta dos preços.
PIB dos EUA
Além do tarifaço e da guerra comercial, os investidores acompanham nesta quarta-feira a divulgação de dados sobre a economia norte-americana.
O mercado aguardava os resultados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referente ao primeiro trimestre deste ano, além de dados de renda pessoal e gastos com consumo no país.
Nos três primeiros meses do ano, o PIB dos EUA recuou 0,3%, segundo o Departamento do Comércio, na comparação com o mesmo período de 2024. O resultado veio bem pior do que os analistas esperavam.
De acordo com o consenso Refinitiv, que reúne expectativas do mercado, a estimativa é a de que a economia norte-americana tivesse avançado 0,2% entre janeiro e março.
Emprego no Brasil
No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao analisar os resultados do Caged, os investidores buscam sinalizações a respeito de uma possível desaceleração da economia brasileira – o que poderia indicar uma maior possibilidade de queda da taxa básica de juros.
Segundo as projeções do mercado, o Brasil deve ter gerado cerca de 201,7 mil postos de trabalho formais em março. No mês anterior, foram 432 mil novas vagas.
Na véspera, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, praticamente descartou a hipótese de a autoridade monetária colocar um fim no ciclo de aperto monetário, que deve prosseguir por mais tempo.
Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua). Segundo o levantamento, o desemprego ficou em 7% no trimestre encerrado em março – alta de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2024 (6,2%) e queda de 0,9 ponto percentual ante o mesmo período do ano ado (7,9%).
Embora tenha crescido, esta é a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março dentro da série histórica, iniciada em 2012. Até então, o recorde era do trimestre terminado em março de 2014 (7,2%).