Dólar fecha em queda, a R$ 5,91, e Bolsa sobe na contramão global
Em 20 dias, em apenas quatro deles a moeda americana registrou alta. Ações de tecnologia nos EUA desabaram com concorrência chinesa em IA
atualizado
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O dólar fechou em queda de 0,10%, a R$ 5,91, nesta sexta-feira (27/1), no sexto recuo seguido. A valorização do real, contudo, ocorreu na contramão mundial, que registrou elevação da moeda americana na maioria dos mercados.
“O dólar também chegou a abrir em alta no Brasil, mas inverteu essa tendência. Isso mostra que os investidores estão achando o real barato”, diz Emerson Vieira Junior, responsável pela mesa de câmbio da Convexa Investimentos. “Nos últimos 20 dias, foram apenas quatro altas da moeda americana. Ou seja, em 16 dias, incluindo hoje, o dólar fechou numa posição mais baixa do que abriu. A fase é boa. Agora, a preocupação é com a volta das férias da política no Brasil.”
Vieira Junior observa que o mercado de capitais sofreu forte abalo em Nova York nesta segunda-feira. O tombo foi provocado por informações de que a startup chinesa de tecnologia DeepSeek conseguiu desenvolver ferramentas de inteligência artificial (IA) similares às da empresa OpenAI, a criadora do ChatGPT, mas a um custo muito inferior.
“Com isso”, diz o analista, “as ações da Nvidia (a fabricante de chips usados em IA) chegaram a cair 15%”. “Parte desse dinheiro saiu da Bolsa americana e veio para o Brasil. Esta havendo entrada de dólar no país.”
Bolsa em forte alta
No Brasil, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou em forte alta de 1,97%, aos 124.861 pontos. Esse foi mais um resultado que veio na contramão do mercado de capitais global, que registrou queda.
Nos Estados Unidos, as empresas de tecnologia perderam cerca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. Elas também foram afetadas pela notícia da chegada da concorrência chinesa à área de inteligência artificial.
Destaques do Ibovespa
Na análise da corretora Ativa Investimentos, os destaques positivos do Ibovespa ficaram com os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) e da Minerva (BEEF3). Eles chegaram a subir, respectivamente, 9,26% e 8,78%. Em terceiro veio a Assaí (ASAI3), com avanço de 8,62%. Ações mais cíclicas, como Magalu e Assaí, estavam reagindo à queda do dólar e operaram em alta.
No campo negativo, a Ativa Investimentos destacou as ações da WEG (WEGE3), com queda de 7,72%, seguidas pela Embraer (EMBR3) e RD Saúde (RADL3). Estas chegaram a recuar, respectivamente, 2,43% e 0,67%.
