Dólar fecha em leve queda, a R$ 5,76. Bolsa tomba com inflação nos EUA
Com recuo de 0,08%, moeda americana, na prática, manteve-se estável. Inflação alta indica que juros americanos vão permanecer elevados
atualizado
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O dólar fechou em leve queda de 0,08%, a R$ 5,76, nesta quarta-feira (12/2), o menor patamar desde novembro, depois de ter oscilado entre R$ 5,74 e R$ 5,78 ao longo do pregão. Com o resultado, ele acumula queda de 0,45% na semana e de 6,68% no ano. Já a Bolsa brasileira (B3) registrou baixa acentuada de 1,69%, aos 124.380 pontos.
Na avaliação de analistas, o desempenho dos dois indicadores (dólar e Bolsa) sofreu o impacto negativo dos dados sobre inflação, divulgados nesta quarta nos Estados Unidos. Eles vieram acima da expectativa do mercado.
O índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês) subiu 0,5% em janeiro, acumulando alta de 3% em 12 meses, de acordo com informações do Escritório de Estatísticas Trabalhistas (Bureau of Labor Statistics). O mercado esperava um avanço de 0,3% no mês ado e de 2,9% em 12 meses.
Com o número além da expectativa, os analistas aram a apostar numa pausa do processo de flexibilização de juros nos EUA, atualmente fixados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do país) no intervalo entre 4,25% a 4,50%. Pior: os agentes econômicos já começam a cogitar numa eventual alta da taxa americana.
Impacto dos juros
Os juros elevados nos EUA aumentam a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasuries, considerados os mais seguros do mundo. Com maior rentabilidade, eles funcionam como um aspirador de dólares para o mercado dos EUA. Em contrapartida, há pressão por uma desvalorização das demais moedas e perda do interesse dos investidores por aportes em ativos de renda variável, como ações negociadas em Bolsas de Valores.
Bolsa em queda
Em grande medida, foi isso que levou à queda de 1,69% da Bolsa brasileira. No fim do pregão, as ações de maior peso no Ibovespa, o principal índice da B3, fecharam em baixa. A Petrobras caiu 2,31% e a Vale, 0,58. Os bancos também despencaram, com destaque para o Bradesco (-3,53%) e o Itaú (-2,37%).