Dólar sobe em dia com dados do Caged no Brasil e ata do Fed. Bolsa cai
Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,53%, negociado a R$ 5,645. Ibovespa, que bateu recorde durante o pregão, subiu mais de 1%
atualizado
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O dólar operava em alta nesta quarta-feira (28/5), em um dia no qual as atenções dos investidores estão divididas entre os cenários doméstico, com dados de emprego no Brasil, e internacional, com a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
Dólar
- Às 12h50, o dólar subia 1%, a R$ 5,703.
- Mais cedo, às 11h15, a moeda norte-americana registrava alta de 0,75% e era negociada a R$ 5,688.
- Na cotação máxima do dia, o dólar bateu R$ 5,704. A mínima foi de R$ 5,644.
- Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,53%, negociado a R$ 5,645.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 0,56% no mês e de 8,65% no ano.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em queda nesta quarta.
- Às 12h57, o Ibovespa recuava 0,58%, aos 138,7 mil pontos.
- No dia anterior, o Ibovespa encerrou o pregão com forte alta de 1,02%, aos 139,5 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,29% em maio e de 15,86% em 2025.
Dados do Caged
No Brasil, o destaque do dia fica por conta da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de abril, por parte do Ministério do Trabalho.
O país criou 654.503 vagas de emprego formal (ou seja, com carteira assinada) no primeiro trimestre de 2025, o que representou um recuo de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024 (725.973 postos de trabalho formal).
Em março de 2025, o número de oportunidades disponíveis foi de 71.576, o que significou uma queda de 83,6% em relação a fevereiro.
De acordo com a média das estimativas do mercado, a expectativa é a de que o saldo de novas vagas de trabalho no país em abril seja de cerca de 175 mil.
No dia seguinte, está prevista a divulgação do índice oficial de desemprego no Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ata do Fed
Nos EUA, o maior destaque da agenda econômica é a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed).
No início do mês, o colegiado anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. Foi a terceira reunião consecutiva na qual a autoridade monetária norte-americana manteve inalterada a taxa de juros.
Antes das três últimas reuniões, o Fed tinha levado a cabo um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano ado – o primeiro corte em cinco anos.
Desde então, o BC norte-americano sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.
“Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais na meta para a taxa básica de juros, o comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o balanço de riscos. O comitê continuará reduzindo suas posições em títulos do Tesouro, títulos de dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências. O comitê está fortemente comprometido em apoiar o emprego máximo e retornar a inflação à sua meta de 2%”, disse o Fed no comunicado que acompanha a decisão.
“Ao avaliar a postura adequada da política monetária, o comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O comitê estará preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado, caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do comitê”, prossegue o comunicado.
“As avaliações do comitê levarão em consideração uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, além de desenvolvimentos financeiros e internacionais.”
No comunicado, o Fed disse ainda que “busca atingir o máximo de emprego e inflação a uma taxa de 2% no longo prazo”.
“A incerteza quanto às perspectivas econômicas aumentou ainda mais. O comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e avalia que os riscos de aumento do desemprego e da inflação aumentaram”, afirmou a autoridade monetária.