Dólar abre em queda, com ata do Copom e novela das tarifas de Trump
No início do pregão, a moeda americana registrou recuo de 0,16%, cotada a R$ 5,74. Às 10h30, baixa chegou a 0,56%. Ibovespa iniciou em alta
atualizado
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O dólar começou a operar em queda na manhã desta terça-feira (25/3). Às 9h10, a moeda americana registrava recuo de 0,16%, cotada a R$ 5,74. Às 10h30, embora entre oscilações, a baixa acentuou-se, atingindo 0,53%, a R$ 5,72.
Na véspera, ela fechou em alta de 0,61%, a R$ 5,75, depois de oscilar entre a máxima de R$ 5,77 e a mínima de R$ 5,70. Com o resultado da segunda-feira (24/3), o dólar acumula queda de 2,78% neste mês e de 6,93% no ano frente ao real.
O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), abriu em alta nesta terça-feira. Às 10h30, ele anotava avanço de 0,66%, aos 132.267 pontos. No dia anterior, encerrou o pregão em baixa de 0,77%, aos 131.321 pontos.
O fato novo na manhã desta terça-feira foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), realizada na quarta-feira (19/3). O conteúdo do documento foi classificado por analistas como “mas duro” do que o comunicado emitido na semana ada.
No texto da ata, o Copom destaca que houve uma piora nas expectativas para prazos mais longos, o que dificulta a convergência da inflação à meta de 3% ao ano. Tal quadro, conclui o órgão do BC, exige juros mais altos por mais tempo.
O Copom conclui que o atual ciclo de aperto monetário “não está encerrado”. Ainda assim, prevê uma elevação de “menor magnitude” da taxa básica do do país, a Selic, na próxima reunião do comitê, em maio. No último encontro, o BC elevou os juros em um ponto percentual, fixando a Selic no patamar de 14,25% ao ano.
Novela das tarifas
O mercado acompanha nesta terça-feira os próximos capítulos da novela das tarifas sobre produtos importados, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na véspera, o republicano dobrou a aposta na questão das sobretaxas.
Trump disse que, nos próximos dias, estabelecerá a cobrança de impostos sobre diversos produtos. A lista que inclui artigos farmacêuticos, semicondutores, automóveis e itens de madeira. Ele também afirmou que vai fixar uma tarifa de 25% para produtos de países que comprarem petróleo e gás da Venezuela. A medida entrará em vigor em 2 de abril, escreveu o presidente dos EUA, em uma publicação na sua plataforma de mídia social, a Truth Social.
Essa é a mesma data em que devem começar as cobranças de tarifas recíprocas, que já haviam sido anunciadas pelo republicano.