Campos Neto: “A luta contra a inflação não está ganha”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, participou da abertura de congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (16/8) que o combate à inflação no Brasil deu os importantes nos últimos meses, mas não está concluído.
As declarações do chefe da autoridade monetária foram dadas durante a abertura do 35º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília.
“A luta contra a inflação não está ganha. Como temos uma meta de 3%, temos de perseverar. É preciso acompanhar o processo”, disse Campos Neto.
O presidente do BC, no entanto, afirmou que há uma evidente tendência de desaceleração da inflação no país, o que é positivo. Segundo ele, “tanto a inflação de serviços quanto a inflação do núcleo de serviços estão um pouco mais comportadas”.
A inflação no país ficou em 0,12% no mês ado, voltando a subir depois de ter recuado 0,08% em junho. No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%.
Reajuste da gasolina e do diesel
Campos Neto reafirmou que o reajuste nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras, anunciado pela Petrobras, deve causar algum impacto sobre a inflação, mas nada que assuste muito.
“Ontem, tivemos o reajuste de combustíveis, que vai ter um impacto em 2023. Achei acertada essa decisão. Não é bom ter um distanciamento grande do preço. Mesmo tendo um impacto, achamos que é uma decisão acertada”, avaliou.
Meta de inflação
Campos Neto também defendeu o regime de metas de inflação no Brasil.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
“Houve muito ruído sobre a meta no início do ano. Sempre tivemos a posição de que, quando você sobe a meta, está ando ao mercado a impressão de que quer conviver com uma inflação mais alta”, afirmou o presidente do BC. “Hoje, as metas são entre 2% e 3% em grande parte dos países.”
