Arcabouço decepciona ao manter exceções para gastos, diz Giambiagi
Para o economista do FGV Ibre, havia a expectativa de que algumas dessas despesas ficassem sujeita ao novo limite de gastos
atualizado
Compartilhar notícia

Na avaliação do economista Fabio Giambiagi, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o projeto de lei complementar do arcabouço fiscal, enviado nesta terça-feira (18/4) pelo governo ao Congresso, “decepciona ao manter todas as exceções para gastos”, já previstas no antigo teto, aprovado no governo Temer.
Para o economista, havia a expectativa entre técnicos de que algumas dessas “exceções” fossem incorporadas ao arcabouço. Ou seja, que ficassem sujeitas aos novos parâmetros que fixam limites de gastos. “Infelizmente, isso não aconteceu”, diz o economista. “Esse não será, necessariamente, um problema imediato. Mas pode se transformar num grande entrave caso as despesas dessas exceções aumentem no futuro.”
Giambiagi considera como ponto positivo da proposta, o fato de que novos parâmetros do arcabouço possam ser definidos por lei comum, cuja aprovação exige maioria simples (calculada com base no número de presentes em uma sessão), e não por lei complementar, que requer maioria absoluta (a metade mais um de todos os parlamentares).