Zelensky afirma que Rússia cometeu mais de 183 mil crimes de guerra
Volodymyr Zelensky denuncia crimes como ataques a civis e tortura. O ucraniano pede apoio internacional para responsabilizar Moscou
atualizado
Compartilhar notícia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que autoridades ucranianas já documentaram mais de 183 mil crimes de guerra cometidos pela Rússia desde o início da invasão em fevereiro de 2022. A denúncia foi feita nesta segunda-feira (31/3), durante um evento em Kiev, onde Zelensky reforçou o apelo por apoio internacional para responsabilizar os envolvidos.
“Mais de 183 mil crimes relacionados à agressão da Rússia contra a Ucrânia foram oficialmente documentados”, declarou o ucraniano no terceiro aniversário da expulsão das tropas russas de Bucha.
O preço da paz
- Nesta segunda-feira (31/3), o governo sueco anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 16 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,59 bilhão), o maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
- O presidente da França, Emmanuel Macron, já havia anunciado orçamento de ajuda militar no valor de 2 bilhões de euros.
- A Europa decidiu intensificar seu apoio à Ucrânia, a partir da desconfiança dos líderes europeus sobre a inconstância do governo dos EUA, liderado por Donald Trump.
- Diante dos novos desdobramentos, e comentários de Zelensky sobre Putin, uma proposta de cessar-fogo incondicional segue longe de entrar em vigor.
- Líderes europeus estudam ampliar sanções econômicas, como estratégia para que o Kremlin aceite um acordo de trégua o mais rápido possível, para que o conflito que ocorre há três anos se encerre.
Os crimes registrados incluem ataques contra civis, tortura, estupros e destruição de infraestrutura essencial. “A justiça deve ser feita para evitar que o mal se prolifere”, destacou o presidente ucraniano.
Segundo ele, a Rússia mantém uma política sistemática de violência contra a população e tenta minar a soberania do país. “A pressão sobre a Rússia e as sanções contra ela são necessárias para garantir que a guerra e os abusos não se expandam ainda mais”, afirmou o ucraniano.
A Procuradoria-Geral da Ucrânia tem trabalhado com parceiros internacionais, incluindo o Tribunal Penal Internacional (TPI), para coletar provas e levar os responsáveis à Justiça. Moscou não comentou as acusações comandadas por Zelensky, porém, anteriormente alegou que suas ações militares são legítimas.
O conflito entre Rússia e Ucrânia, perdura por três anos e segue sem perspectiva de resolução imediata. Enquanto Kiev busca apoio militar e político do Ocidente, Moscou continua avançando em algumas frentes do conflito.
Durante pronunciamento, Volodymyr Zelensky afirmou que “os criminosos de guerra russos devem ser absolutamente responsabilizados por tudo”, e ressaltou que a Europa não esquecerá as conclusões morais tiradas desta guerra”.