Trump busca acordo com Irã enquanto Netanyahu volta a falar em ataques
Benjamin Netanyahu descrente de uma solução diplomática para conter o programa nuclear do Irã, continua pressionando por uma ação militar
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde o início do seu segundo mandato se colocou como responsável por findar as guerras mundiais, em especial em Gaza e Ucrânia. Mas, até agora, os líderes envolvidos nesses conflitos não parecem concordar com as soluções do republicano. Enquanto o governo trumpista busca negociar um acordo nuclear com o Irã, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ameaça atacar as principais instalações de enriquecimento nuclear do país.
Segundo revelou o jornal New York Times, discordâncias sobre qual seria a melhor forma de garantir que o Irã não produza armas nucleares fizeram com que Trump e Netanyahu tivessem uma conversa telefônica bastante tensa, que culminou em uma série de reuniões nos últimos dias entre altos funcionários dos governos dos dois países.
Nesse domingo (25/5), Trump afirmou que poderia haver “algo de bom” acontecendo em seu esforço para limitar o programa nuclear do Irã nos “próximos dois dias”. No entanto, membros do governo familiarizados com as negociações disseram que, na melhor das hipóteses, haveria uma declaração de alguns princípios comuns.
Em abril, Israel tinha planos de atacar instalações nucleares iranianas em junho. O ataque foi vetado por Trump, que queria continuar negociando com Teerã. Apesar da posição de Trump, Netanyahu continua a pressionar por uma ação militar sem a assistência dos EUA.
Israel não participa das negociações entre os Estados Unidos e o país do Golfo Pérsico, e a tensão entre Netanyahu e Trump deriva de visões diferentes visões sobre a melhor forma de explorar um momento de fraqueza iraniana e encerrar o poderio bélico nuclear do país.
Em outubro, Israel conseguiu destruir elementos-chave do sistema estratégico de defesa aérea do Irã, que ajudava a proteger as instalações nucleares do país, o que permitiria que aeronaves israelenses se aproximassem das fronteiras iranianas sem medo de serem alvos. Israel também paralisou o Hezbollah e o Hamas, grupos que têm sido apoiados por dinheiro, armas e foguetes iranianos.