Travessia de imigrantes do Marrocos termina com 23 mortos
Segundo autoridades, duas mil pessoas tentaram entrar no território espanhol que fica no norte do continente africano
atualizado
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Subiu para 23 o número de imigrantes mortos em uma tentativa de escape em massa para o enclave espanhol de Melilla, no norte da África. Em seu primeiro balanço, autoridades do Marrocos afirmaram que pelo menos 78 civis e 140 policiais ficaram feridos, em uma tentativa de escape em massa para o enclave espanhol de Melilla, no norte da África. Cerca de 2 mil pessoas buscaram a fuga, segundo os espanhóis.
O caso ocorreu na sexta-feira (24/6). Os imigrantes tentaram escalar uma cerca que separa os dois territórios, com o objetivo de buscar melhores condições de vida. Por volta de 130 conseguiram o intento, mas cinco morreram durante a fuga e o confronto com as forças de segurança. Depois, de acordo com a agência de notícias oficial do Marrocos, outros feridos foram a óbito em hospitais da região.
Imagens na mídia da Espanha mostraram fugitivos deitados na calçada em Melilla, com mãos ensanguentadas e roupas rasgadas. O governo local os recebeu em um centro de migrantes, mas a situação deles ainda será analisada.
É a primeira vez que houve um incidente do tipo desde que Marrocos e Espanha entraram em acordo sobre relações diplomáticas, o que aconteceu em março. No ano ado, episódio semelhante levou 10 mil pessoas até a fronteira de Ceuta.
Melilla e Ceuta são enclaves espanhóis em território marroquino. São as únicas fronteiras terrestres da União Europeia com a África. Elas são um foco de tensão permanante.
“Um grande grupo de subsaarianos [africanos] invadiu o portão de o do posto fronteiriço do Barrio Chino e entrou em Melilla pulando o telhado do posto de controle. Todos eles [são] homens e aparentemente adultos”, disse a delegação do governo espanhol, em um comunicado.
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