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Social-democratas sofrem derrota histórica na Alemanha

Castigado pela impopularidade do chanceler Olaf Scholz, Partido Social Democrata (SPD) obteve apenas 16% dos votos em eleição antecipada

atualizado

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Imagem colorida mostra Olaf Scholz, premiê da Alemanha - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Olaf Scholz, premiê da Alemanha - Metrópoles - Foto: Sean Gallup/Getty Images

A impopularidade recorde do chanceler federal Olaf Scholz se traduziu nas urnas neste domingo (23/2) de eleições antecipadas na Alemanha, que decidiram a nova formação do Parlamento (Bundestag).

Segundo as primeiras projeções, a legenda de Scholz, o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão), obteve apenas 16,3% dos votos no pleito, terminando em terceiro lugar na disputa. Em comparação com a eleição de 2021, quando os social-democratas venceram, foram quase dez pontos percentuais a menos.

No final, o partido acabou sendo superado pelos seus tradicionais rivais conservadores da União Democrata Cristã (CDU) e pelos ultradireitistas da Alternativa para a Alemanha (AfD).

Com o resultado, Scholz deverá ceder o posto de chanceler federal para o conservador Friedrich Merz, mas o processo pode se arrastar, já que a CDU não ganhou por maioria absoluta e terá que negociar a formação de uma coalizão com outros partidos para garantir um governo estável. Até lá, Scholz deve permanecer interinamente no cargo.

Após a divulgação dos primeiros resultados, o secretário-geral do SPD parabenizou a CDU, itindo uma “derrota histórica” para seu partido. “Esta é uma derrota histórica, uma noite realmente amarga”, disse Matthias Miersch à emissora pública ARD. Já Scholz falou de um “resultado eleitoral amargo”.

Derrota não vista desde o século 19

Numa comparação mais ampla, o resultado marca um desastre histórico para o SPD, que foi fundado em 1875. A porcentagem magra só fica acima das votações obtidas nos primeiros anos da legenda, entre os anos 1870 e 1880, durante o antigo Império Alemão, quando o direito ao voto era a homens com mais de 25 anos.

A última vez que o partido havia ficado abaixo da marca dos 20% ocorreu no pleito de 1933, quando os nazistas já estavam no poder e a campanha acabou sendo marcada por intimidação do eleitorado e violência política. Nas décadas seguintes ao pós-guerra, o pior resultado até este domingo havia ocorrido em 2017, quando a legenda obteve 24,6% dos votos.

Com o resultado deste domingo, os social-democratas caíram para a terceira posição entre as bancadas no Parlamento. Novamente um feito histórico: a última vez que a legenda não ocupou o primeiro ou segundo lugares ocorreu em 1887.

Com dias aparentemente contados como chanceler, Scholz também se tornará o líder de governo menos longevo desde a reunificação, em 1990. Com apenas pouco mais de três anos no cargo, Scholz ainda deve se tornar político social-democrata com o mandato mais breve como chanceler no pós-guerra – abaixo dos quatro anos e meio de Willy Brandt, os oito de Helmut Schmidt e os sete de Gerhard Schröder.

A breve era Scholz

Sob a liderança de Scholz, o SPD chegou ao poder em dezembro de 2021, na esteira de 16 anos de governo da ex-chanceler conservadora Angela Merkel, da CDU.

Na eleição parlamentar daquele ano nenhum partido havia conquistado isoladamente maioria no Parlamento. Scholz acabou então costurando uma inédita – pelo menos desde a reunificação, em 1990 – e complicada coalizão tripartidária para governar a Alemanha, formada pelo seu SPD, os Verdes e o Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão).O governo Scholz também sofreu com persistente impopularidade. Em novembro de 2024, tinha apenas 14% de aprovação.

No início de novembro, a coalizão finalmente se desintegrou.

O gatilho para o colapso da coalizão partiu dos liberais, parceiros menores da coalizão. Na ocasião, Scholz e o líder dos liberais, Christian Lindner, que ocupava o cargo de ministro das Finanças, trocaram acusações em público.

Num pronunciamento televisivo, Scholz disse que Lindner havia quebrado sua confiança e o acusou de só pensar em sua sobrevivência política. O rompimento efetivamente selou o fim da tríplice aliança partidária apelidada de “semáforo”, em referência às cores dos partidos que a integravam.

Dessa forma, o governo Scholz, agora reduzido ao SPD e aos Verdes, perdeu o apoio dos 90 deputados do FDP, tornando-se incapaz de assegurar uma maioria. Só restou a Scholz abrir caminho para a convocação de novas eleições – inicialmente, o pleito estava marcado para setembro.

Apesar da impopularidade do governo, o SPD optou por manter Scholz como candidato à reeleição, afastando uma substituição ao estilo “Kamala Harris no lugar de Joe Biden” que chegou a ser promovida por alguns membros do partido.

Apostando que a CDU poderia perder terreno ao longo da campanha como havia ocorrido em 2021, Scholz liderou o SPD neste pleito com o slogan “Com segurança, mais crescimento” e variações. No entanto, como ficou claro neste domingo, a estratégia não funcionou.

Apesar de a aliança assegurar maioria no Bundestag, o governo sempre se viu em dificuldades nesses três anos.

Além de crises, como a pandemia e a eclosão da guerra na Ucrânia, a inflação e o persistente declínio econômico, a própria coalizão sofreu com disputas internas.

Não foi raro que social-democratas, verdes e liberais não chegassem a acordos, tanto para tapar buracos no Orçamento quanto para elaborar políticas públicas cruciais para revigorar a combalida economia alemã, que sofreu uma retração de 0,2% em 2024 e que deve permanecer estagnada em 2025.

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