Senado chileno recusa processo de impeachment contra Sebastián Piñera
Com a queda do processo, o presidente poderá continuar governando pelos quatro meses restantes para terminar seu segundo mandato no Chile
atualizado
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O Senado do Chile rejeitou, nesta terça-feira (16/11), o processo de impeachment contra o presidente Sebastián Piñera. A sessão ainda acontece na casa legislativa chilena, mas, por não possuir o quórum mínimo de votos, a destituição de Piñera da cadeira presidencial já não poderá seguir. Para aprovação, eram necessários dois terços dos votos, 29 entre 43 senadores.
Até o momento, 17 senadores votaram a favor do afastamento, 15 contra o pedido e um se absteve.
Com a queda do processo, Piñera poderá continuar governando pelos quatro meses restantes e terminar seu segundo mandato, em março de 2022.
Esta é a segunda tentativa de processar Piñera politicamente. A primeira ocorreu em novembro de 2019, quando o mandatário foi acusado por violações dos direitos humanos em meio à crise social que acontecia no país.
Julgamento político
Sebastián Piñera é o segundo presidente em exercício a enfrentar um julgamento político, depois do caso, também arquivado, do ex-presidente Carlos Ibáñez del Campo em 1956.
O pedido sofrido por Piñera foi movida por deputados da oposição, após a publicação de uma série de reportagens do Pandora Papers, publicado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), ao qual o Metrópoles fez parte.
Na imprensa chilena, documentos revelaram supostas irregularidades na venda de Dominga, uma empresa mineradora pertencente a Piñera nas Ilhas Virgens. A transação ocorreu em seu primeiro mandato como presidente.
Leia todas as reportagens feitas pelo Pandora Papers no Brasil aqui.