Secretário dos EUA atenua discurso de Biden, que pediu queda de Putin
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que país não tem “estratégia de mudança de regime na Rússia”
atualizado
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O discurso inflamado do presidente norte-americano Joe Biden na Polônia contra o mandatário russo Vladimir Putin não pegou bem no mundo diplomático. A ponto de o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, vir a público para “esclarecer” as palavras do democrata.
Biden, em duas oportunidades, bateu forte em Putin, no sábado (27/3), em território polonês – país que faz parte da Otan e é vizinho da Ucrânia, nação invadida pelos russos. Primeiro, chamou o líder adversário de “açougueiro”. Depois, afirmou que Putin “não pode permanecer no poder”.
Putin não pode permanecer no poder, defende Biden na Polônia
Na Polônia, Joe Biden chama Vladimir Putin de “açougueiro”
De acordo com Blinken, os Estados Unidos não têm “uma estratégia de mudança de regime na Rússia – ou em qualquer outro lugar”.
“Acho que o presidente, a Casa Branca, afirmou ontem à noite que, simplesmente, o presidente Putin não pode ter o poder de fazer guerra ou se envolver em agressão contra a Ucrânia ou qualquer outra pessoa”, disse Blinken, em visita a Jerusalém.
Foi a segunda vez que o país tentou minimizar as declarações de Biden. Minutos depois do discurso do presidente norte-americano, a própria Casa Branca afirmou que ele “não estava discutindo o poder de Putin na Rússia ou a mudança de regime”.
Segundo o jornal inglês The Guardian, um funcionário do Executivo dos EUA afirmou que as palavras de Biden não tinham qualquer conotação de um golpe para derrubar Putin, mas somente um apelo às democracias do mundo se prepararem para um conflito prolongado.
Biden, empolgado com a boa recepção na Polônia, também renovou a aposta em que as sanções econômicas enfraquecerão a Rússia. Segundo ele, as medidas vão frear a guerra na Ucrânia, que já dura mais de 30 dias. “Foi classificada [a economia russa] como a 11ª maior economia do mundo antes dessa invasão – e em breve, nem estará entre as 20 maiores”, escreveu o norte-americano no Twitter.