Rússia: “Viemos levar a paz para a Ucrânia e tirar o tumor nazista”
Embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, defendeu a invasão e negou qualquer crime de guerra durante o conflito
atualizado
Compartilhar notícia

A diplomacia russa voltou a falar em “nazismo” como justificativa para invasão ao território ucraniano, em 24 de fevereiro. Durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador russo, Vassily Nebenzia, defendeu que os seus conterrâneos estão “levando a paz” ao país vizinho.
“Viemos levar a paz para a Ucrânia, para tirar o tumor nazista que está consumindo a Ucrânia e que em breve nos consumiria, e vamos conseguir nosso objetivo”, declarou nesta terça-feira (5/4). Ele negou que crimes de guerra tenham acontecido durante o conflito.
Antes, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a acusar as tropas russas de tortura.
“Civis foram atingidos por tiros na cabeça após serem torturados. Mortos dentro de apartamentos e casas. Civis atropelados por tanques. Apenas por divertimento cortaram membros; mulheres foram estupradas, e pessoas tiveram línguas cortadas”, detalhou.
Reações
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia condenaram a atuação do Exército russo na Ucrânia e anunciaram represálias.
Nesta terça-feira (5/4), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, itiu que o conflito é um dos maiores desafios da instituição nas últimas décadas.
Na abertura de Conselho de Segurança, Guterres defendeu uma investigação independente sobre as denúncias de crimes de guerra, como o assassinato de civis e o uso indiscriminado de armamentos ilegais.
“Estamos lidando com a invasão de um membro da ONU por outro membro da ONU. Além disso, a batalha gerou a perda de vidas, as devastações em massa, o mais veloz movimento migratório desde a 2ª Guerra Mundial e as implicações econômicas. As pessoas ao redor do mundo não podem pagar o preço dessa guerra”, afirmou.
Novas sanções
A União Europeia divulgou o esboço do que será a quinta rodada de sanções econômicas contra a Rússia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, confirmou a punição.
Entre as medidas estão a proibição de compra de carvão russo, banimento de quarto bancos, proibição do o aos portos do bloco por navios operados por russos, entre outras vedações a exportações.
As retaliações ocorrem após o mundo ficar assombrado com gravações divulgadas nesse domingo (3/4), onde é possível ver cenas fortes da tragédia na cidade de Bucha, próxima a Kiev.
As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns. O governo ucraniano diz que mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade.