Retaliação da China contra EUA deve atingir US$ 14 bi em mercadorias
A medida põe fim às esperanças de que uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo pudesse ser evitada
atualizado
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As taxas chinesas de retaliação às medidas econômicas implementadas pelos EUA, anunciadas na última semana, devem atingir cerca de US$ 14 bilhões (R$ 81,2 bilhões) em mercadorias norte-americanas. A medida põe fim às esperanças de que uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo pudesse ser evitada.
O Ministério das Finanças da China informou que vai adotar taxas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.
As novas tarifas de importação sobre produtos estadunidenses estão previstas para em vigor nesta segunda-feira (10/2).
Mais sobre o caso
- O Ministério das Finanças da China também anunciou tarifas de 10% sobre veículos de grande deslocamento e picapes dos EUA.
- O Ministério do Comércio da China impôs controles de exportação a uma série de minerais críticos: tungstênio, telúrio, rutênio, molibdênio e itens relacionados ao rutênio.
- A justificativa é “salvaguardar os interesses da segurança nacional”.
- Momentos após as tarifas dos EUA de 10% entrarem em vigor, a China rapidamente anunciou uma investigação antitruste sobre o Google.
Resposta aos EUA
As medidas do governo chinês são uma resposta à taxação determinada pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre os produtos chineses. A nova tributação entrou em vigor na última terça-feira (4/2), quando começaram a ser cobradas tarifas adicionais de 10% em todas as importações chinesas para os EUA.
A taxação, segundo Trump, ocorreu porque a China não estaria adotando medidas para interromper o fluxo de drogas ilícitas, principalmente o fentanil, para os Estados Unidos.
Empresas não confiáveis
Além da retaliação, a China também anunciou, na última semana, uma investigação antitruste sobre o Google e a Illumina, uma empresa de biotecnologia dos EUA.
O Ministério do Comércio chinês ainda informou que incluirá as companhias americanas PVH Group e Illumina Inc. na sua lista de empresas não confiáveis, expondo-as a restrições ou penalidades, sem, no entanto, detalhar do que essas instituições são acusadas.
A PVH é uma empresa de roupas que possui marcas como Tommy Hilfiger e Calvin Klein. A Illumina é uma empresa de biotecnologia especializada em sequenciamento genômico e que recentemente fez uma parceria com a Nvidia em tecnologia de inteligência artificial relacionada à saúde.
Com informações do jornal Financial Times.
