Reino Unido: veja quem são os finalistas ao cargo de primeiro-ministro

O ex-secretário de Finanças Rishi Sunak e a ministra de Comércio Exterior, Liz Truss, são os dois finalistas na disputa para assumir o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.

Na última rodada de votações desta quarta-feira (20/7), Sunak obteve 137 votos, enquanto Truss teve 113. Com isso, a ministra de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, fica de fora da disputa por ter sido a menos votada pelos deputados, com 105 apoios.

Em setembro, Sunak ou Truss devem suceder a Boris Johson.

Desde o início do processo eleitoral, na semana ada, o número de postulantes foi reduzido de oito para dois candidatos, em votações duplas disputando a preferência dos deputados conservadores. Após cinco rodadas, a escolha entre Sunak e Truss caberá aos cerca de 180 mil membros do partido.

O Parlamento britânico entra em recesso na próxima quinta-feira (21/7), mas o envio dos votos dos filiados à legenda continua pelos correios até o fim de agosto. Em 5 de setembro será anunciado o novo líder do Partido Conservador e, por consequência, o novo primeiro-ministro britânico. Até lá, Boris Johnson permanece de forma interina no cargo.

O mandato do novo primeiro-ministro durará até as próximas eleições legislativas, previstas para 2024. Saiba quem são os dois candidatos que disputam a função de chefe do governo britânico:

• Rishi Sunak, ex-ministro de Finanças

Primeiro hindu a ocupar a função de ministro das Finanças do Reino Unido, Sunak deu o pontapé inicial à onda de renúncias no governo que culminou na queda de Boris Johnson, ao lado do ex-chefe da pasta da Saúde, Sajid Javid.

O ex-secretário foi nomeado secretário das Finanças no início de 2020 e conduziu o país no enfrentamento das consequências financeiras ocasionados pela pandemia de Covid-19. Ele recebeu elogios pelo pacote de resgate econômico proposto para frear a crise, incluindo um programa de retenção de funções que evitou o desemprego em massa.

Sunak tem como principal plataforma a responsabilidade fiscal, com previsão de cortes de impostos quando as contas públicas se recuperarem do rombo ocasionado pela pandemia. A proposta, no entanto, é vista com desconfiança — o orçamento de impostos e gastos criado na gestão dele durante o ano ado colocou a Grã-Bretanha no rumo da maior carga tributária no país desde a década de 1950.

• Liz Truss, secretária de Relações Exteriores

A secretária de Relações Exteriores é a segunda mulher a liderar a pasta, e foi consagrada como um dos nomes mais fortes entre os parlamentares.

Considerada a mais próxima de Johnson, Truss ou os dois primeiros anos do governo do premiê como ministra de Negócios Estrangeiros e, em 2021, foi nomeada a principal negociadora do Reino Unido com a União Europeia, responsável por consolidar as políticas do Brexit.

Entre as prioridades do governo, a ministra deve prometer reduzir as cargas de impostos em território britânico. Ela também cultiva com cuidado uma imagem perante o público, e já posou em um tanque fazendo alusão a um registro da primeira-ministra Margaret Thatcher.

Renúncia de Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson anunciou a renúncia como líder do Partido Conservador, e consequentemente como primeiro-ministro britânico, na primeira semana de julho.

A queda do premiê ocorreu após mais um escândalo envolvendo um de seus aliados que ocupava cargo alto escalão do governo. Mais de 50 funcionários do governo pediram demissão em uma onda com o objetivo de pressionar Boris.