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Quem são os empresários por trás de avanço do partido de Marine Le Pen

Partido Reunião Nacional (RN) venceu com folga o primeiro turno das eleições legislativas sas, que ocorreram no último domingo (30/6)

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marine le pen
1 de 1 marine le pen - Foto: Divulgação

Para compreender a ascensão da extrema direita na França, que pela primeira vez poderá eleger a maioria absoluta dos deputados na Assembleia Nacional, é preciso se aproximar de um pequeno círculo de milionários católicos conservadores que dão um apoio cada vez mais explícito à ideologia nacionalista defendida pelo RN.

Um deles é o controvertido industrial, empresário, proprietário de mídia e bilionário Vincent Bolloré, acionista do grupo Universal Music, dono do grupo Vivendi e Canal+, que tem, entre outras filiais, o canal de TV CNews e o jornal JDD (Journal du Dimanche). Bolloré é o oitavo empresário mais rico da França e ocupava, no ano ado, a 202ª posição no ranking mundial de milionários da revista Forbes.

Em junho, pelo segundo mês consecutivo, a emissora CNews liderou a audiência dos canais de notícias 24 horas no ar, depois de destronar em maio, pela primeira vez, a concorrente BFMTV, de acordo com dados da empresa de consultoria Médiamétrie.

A CNews é boicotada por muitas personalidades de esquerda que acusam a emissora de se posicionar na extrema direita, o que seus dirigentes contestam. Mas dois de seus ex-âncoras, Pierre Gentillet e Guillaume Bigot, são candidatos do RN nas eleições legislativas.

Da mesma forma que o canal C8, que pertence ao mesmo grupo, a CNews é frequentemente notificada por irregularidades pela Arcom, a agência reguladora do sistema audiovisual francês.

Em maio, a Arcom multou o C8 em € 50 mil (cerca de R$ 300 mil) por comentários do jornalista Geoffroy Lejeune, segundo os quais o antissemitismo e a superlotação das prisões na França eram consequências da “imigração árabe-muçulmana”.

Lejeune tem um histórico profissional marcado por polêmicas. Ele dirigiu durante sete anos a revista Valores Atuais (Valleurs Actuelles), considerada porta-voz das ideias de extrema direita. Desde agosto do ano ado, ele dirige o Journal du Dimanche (JDD), comprado por Bolloré em 2023. A aquisição desse veículo centenário por uma personalidade controvertida provocou uma greve inédita dos jornalistas.

“Ódio aos muçulmanos substituiu ódio aos judeus”

Em recente entrevista ao site The Conversation , o historiador Alexis Lévrier, especialista na história do jornalismo, explicou que Bolloré começou a construir seu império de mídia nos anos 2000, para colocar seus veículos e emissoras “a serviço de um projeto político, cultural e de civilização”.

Parte da mídia de Vincent Bolloré pode ser considerada, segundo o historiador, como o elo entre a extrema direita que triunfou na França entre o fim do século 19 e o período colaboracionista na Segunda Guerra Mundial, e o forte retorno do discurso anti estrangeiros visto na atualidade.

“Muitos editorialistas do CNews ou do JDD estão obcecados com a defesa de uma nação branca e cristã, mas, na sua imaginação, o ódio aos muçulmanos substituiu o ódio aos judeus”, afirmou o historiador ao site The Conversation.

Outro bilionário próximo do RN é o empresário Pierre-Edouard Stérin, 104ª maior fortuna da França, fundador do grupo Smartbox e do fundo de investimentos Otium Capital. Exilado fiscal na Bélgica, Stérin está envolvido em uma disputa para comprar a revista progressista Marianne, mas enfrenta forte resistência da redação.

Uma reportagem do jornal Le Monde revelou, na semana ada, toda a esfera de influência deste empresário no partido de Marine Le Pen. Defensor do catolicismo tradicionalista, Stérin é um ativo militante antiaborto, adepto da ideologia da “grande substituição”, a teoria racista que fantasia o desaparecimento da identidade sa por causa da imigração. Ele financia várias fundações filantrópicas, entre elas uma que favorece a instalação de escolas privadas católicas não mistas na França, onde só estudam meninos ou meninas, para que tenham o a uma “autêntica educação católica”.

No ano ado, Stérin e o número 2 de seu fundo de investimento, François Durvye, compraram a casa onde vive Jean-Marie Le Pen, 96 anos, pai de Marine e fundador da Frente Nacional nos anos 1970. O empresário e o gestor de fortunas pagaram € 2,5 milhões (cerca de R$ 15 milhões) pela casa, uma operação considerada financeiramente vantajosa para Marine Le Pen e uma de suas irmãs, Yann, que am o contrato.

Há vários anos, Marine, que acaba de ser reeleita deputada no primeiro turno das legislativas, investe na mudança de imagem do partido que herdou do pai. Em 2018, a Frente Nacional ou a se chamar Reunião Nacional, em uma estratégia implementada por Le Pen para apagar da memória dos ses o ado racista, xenófobo e antissemita do movimento criado por seu pai.

“Círculo de Versalhes”

Segundo o Le Monde, François Durvye já faz há algum tempo a articulação entre o partido de Le Pen e um grupo de católicos da cidade de Versalhes, próximos do empresário Pierre-Edouard Stérin. Esse “círculo de Versalhes” permitiu à líder de extrema direita escalar vários funcionários públicos de alto escalão para trabalhar com ela na Assembleia Nacional. Também foi Stérin que articulou a aproximação entre o RN e Éric Ciotti, o presidente do partido Os Republicanos que logo após a dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron, em 9 de junho, causou um racha na legenda ao fechar uma aliança para disputar as legislativas em coligação com a extrema direita.

Segundo o Le Monde, o novo projeto político do milionário Stérin é o instituto Politicae, que visa ajudar candidatos não qualificados a conquistarem prefeituras sas em 2026.

No final de março, o partido de Marine Le Pen anunciou que tinha conseguido arrecadar € 4,32 milhões (cerca de R$ 25 milhões), sob a forma de empréstimos concedidos por dez credores privados, para financiar a campanha para as eleições europeias de 2024. Os mesmos empresários devem estar esfregando as mãos com a perspectiva de o nacionalista Jordan Bardella se tornar o chefe de governo da França na noite de 7 de julho, se a sigla obtiver a maioria absoluta da Assembleia Nacional depois do segundo turno da votação.

Confira mais reportagem no RFI, parceiro de Metrópoles.

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