Otan cria tropa militar para fortalecer defesa de 4 países europeus
Anunciou ocorreu nesta quarta-feira. Os soldados serão distribuídos na Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária
atualizado
Compartilhar notícia

Um dia antes da reunião de cúpula, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que está preparando novos grupos de batalha na Europa Oriental para impedir a Rússia de atacar qualquer um dos membros da aliança militar.
A tropa será formada por 1,5 mil soldados em cada grupo, distribuídos na Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.
Com o recrudescimento da guerra, o presidente americano, Joe Biden, viaja à Europa. O norte-americano participará da reunião emergencial da Otan na quinta-feira. Será a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Stoltenberg disse que a guerra na Ucrânia representa um “novo normal” para o bloco, que, por sua vez, teria que “responder a essa nova realidade”.
A União Europeia anunciou que vai acelerar o plano de reforçar as defesas do bloco e criar uma tropa de intervenção militar com 5 mil soldados. Trata-se de uma medida de prevenção após a invasão russa à Ucrânia.
No fim da tarde de segunda-feira (21/3), o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, confirmou a criação do grupo militar especial.
Clique aqui e leia a cobertura completa da guerra na Ucrânia.
A formação da tropa é um plano antigo da União Europeia para reforçar a defesa do bloco. O conflito entre Rússia e Ucrânia, no entanto, fez os países acelerarem o assunto e aprovarem um pacote de 200 milhões de euros destinado ao programa. A ideia é que até 2025 o bloco consiga ter uma força de reação rápida.
“A União Europeia está em perigo. A agressão da Rússia à Ucrânia não é retórica e constitui uma chamada à ordem”, frisou Borrell após reunião extraordinária entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do grupo.
Cooperação
O pacote prevê cooperação técnica com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Detalhes da parceria não foram apresentados.
“A União Europeia deve mostrar-se determinada, rápida na sua reação às crises e deve investir nas suas capacidades de defesa em conjunto com a Otan”, acrescentou Borrell.
Representantes do bloco avaliam que a União Europeia está “mal equipada como um todo” para enfrentar os desafios do conflito.