ONU volta a acusar Rússia de usar bombas de fragmentação na Ucrânia
O artefato libera projéteis em alta velocidade por todas as direções. Uso é proibido por convenção internacional
atualizado
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A secretária adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos políticos, Rosemary DiCarlo, acusou a Rússia de usar bombas de fragmentação contra civis na Ucrânia.
DiCarlo afirmou, nesta terça-feira (5/4), que “existem denúncias confiáveis de que a Rússia utilizou bombas de fragmentação em regiões habitadas por civis na Ucrânia pelo menos 24 vezes desde o início da guerra”.
Quando acionado, o artefato libera projéteis em alta velocidade por todas as direções. Além de ferir e provocar mortes, esse tipo de bomba tem efeito “psicológico”, por criar pânico generalizado.
Em 30 de março, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, declarou que a entidade tinha recebido denúncias sobre o uso desse mesmo tipo de armamento.
40 dias de guerra
A guerra na Ucrânia chega ao 40º dia nesta terça-feira. A invasão russa teve início em 24 de fevereiro e segue até hoje.
Cidades inteiras, como Bucha e Mariupol, foram dizimadas pelos ataques. Mais de 4 milhões de pessoas fugiram do território ucraniano por causa do combate.
Representantes dos governos de Israel e da China fizeram declarações importantes sobre o confronto. O país do Oriente Médio acusou a Rússia de crimes de guerra. Já a nação asiática defendeu uma acordo de paz.
Troca de acusações
Nesta terça-feira, Ucrânia e Rússia voltaram a trocar acusações na Organização das Nações Unidas (ONU). Ucranianos falam em crimes de guerra; os russos, em “eliminar o nazismo” no país vizinho.
A União Europeia e os Estados Unidos alinham uma nova rodada de sanções econômicas contra o país de Vladimir Putin. A intenção é desmonetizar o governo, para que o Kremlin não tenha mais condições de financiar a guerra.
Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a acusar as tropas russas de tortura.
“Civis foram atingidos por tiros na cabeça após serem torturados. Mortos dentro de apartamentos e casas. Civis atropelados por tanques. Apenas por divertimento, cortaram membros; mulheres foram estupradas, e pessoas tiveram línguas cortadas”, detalhou.
Rússia nega
A diplomacia russa voltou a falar em “nazismo” como justificativa para invasão ao território ucraniano, em 24 de fevereiro. Durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador russo, Vassily Nebenzia, defendeu que os seus conterrâneos estão “levando a paz” ao país vizinho.
“Viemos levar a paz para a Ucrânia, para tirar o tumor nazista que está consumindo a Ucrânia e que em breve nos consumiria, e vamos conseguir nosso objetivo”, declarou nesta terça-feira (5/4). Ele negou que crimes de guerra tenham acontecido durante o conflito.