ONU: Brasil critica bombardeios a hospitais; Rússia nega autoria
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reuniu em caráter extraordinário para discutir a situação da crise ucraniana
atualizado
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu em caráter extraordinário para discutir a situação da crise ucraniana provocada pela guerra.
O embaixador João Genésio Almeida, representante do Brasil na ONU, condenou os recentes ataques a hospitais na Ucrânia. Já o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, negou a autoria dos bombardeios.
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João Genésio Almeida classificou como “preocupante” esse tipo de ação e alertou: “São uma violação das leis humanitárias”.
O diplomata brasileiro voltou a pedir um imediato acordo de paz entre os dois países. “Só com um cessar-fogo abrangente e respeitado é que será possível dar o rápido e seguro de assistência humanitária àqueles que precisam”, concluiu.
Russos se defendem
Vasily Nebenzya negou os ataques a uma maternidade e a um teatro que atingiram civis na cidade de Mariupol. Segundo o russo, as imagens dos ataques e das vítimas, divulgadas pela imprensa ocidental, seriam “propaganda”.
O embaixador declarou que a maternidade servia como uma base militar para os ucranianos. Já no caso do teatro, ele diz que o espaço foi atacado por forças ucranianas que teriam mantido mulheres e crianças reféns.
A Rússia desistiu de colocar em votação, nesta sexta-feira, um projeto de resolução do Conselho de Segurança pedindo o à ajuda e proteção civil na Ucrânia. Segundo os russos, há uma “pressão sem precedentes” contra a medida.
A reunião
Países ocidentais convocaram a reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater a catástrofe humanitária provocada pela guerra na Ucrânia.
Reino Unido, Estados Unidos, Albânia, França, Noruega e Irlanda pediram a reunião, que foi marcada para a tarde desta quinta-feira (17/3).
“A Rússia está cometendo crimes de guerra e atacando civis. A guerra ilegal da Rússia na Ucrânia é um perigo para todos nós”, justificou a missão diplomática britânica na ONU, em comunicado.
O país liderado por Vladimir Putin já foi duramente criticado no Conselho de Segurança e teve uma resolução que condena a guerra aprovada em reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU.