“Não vai parar na Ucrânia”, alerta presidente da Lituânia sobre Putin
O líder lituano defendeu que o mundo tem a obrigação de ajudar os ucranianos “por todos os meios disponíveis”
atualizado
Compartilhar notícia

Demonstrando extrema preocupação com os rumos que a guerra na Ucrânia está tomando, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, fez um apelo à comunidade internacional para que todos os esforços sejam aplicados para conter o conflito.
Nesta segunda-feira (7/3), em um breve discurso, Nauseda criticou o presidente russo, Vladimir Putin. “Ele não vai parar na Ucrânia”, frisou. O líder lituano defendeu que o mundo tem a obrigação de ajudar os ucranianos “por todos os meios disponíveis”.
“Quero dizer, de fato, todos os meios se quisermos evitar a Terceira Guerra Mundial. A escolha está em nossas mãos”, afirmou. A declaração foi dada ao lado do secretário de Estado americano, Antony Blinken. O norte-americano faz visitas a países do Leste Europeu, como Lituânia, Letônia e Estônia, por causa da guerra na Ucrânia.
O aumento da violência no conflito está em escalada. Nem mesmo o acordo para a criação de corredores verdes, rotas de fuga em que não há bombardeios, foi cumprido pela Rússia.
Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
O recrudescimento dos ataques, com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis, fez a comunidade internacional impor sanções econômicas à Rússia.
Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações na Rússia. O Banco Central e oligarcas russos, que são multimilionários, não podem realizar transações na Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades, como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU), condenaram a invasão.
