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Todos são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo no epicentro da invasão russa. 15 imagensFechar modal.1 de 15Divulgação/Otan2 de 15Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra MundialGetty Images3 de 15Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino UnidoOtan 4 de 15Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria Dirck Halstead/Getty Images5 de 15A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros Keystone/Getty Images6 de 15A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia Getty Images7 de 15O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. 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Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão Scott Nelson/Getty Images12 de 15Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005Getty Images13 de 15Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África Getty Images14 de 15Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na EuropaGetty Images15 de 15Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável Getty Images Israel e Austrália, que não integram a União Europeia nem a Otan, mas costumam se alinhar ao posicionamento norte-americano, também estão entre os que prometeram auxílio ao governo ucraniano. A União Africana, grupo que inclui os 55 países do continente, pediu que a “paz seja restabelecida”. A África do Sul demandou que a Rússia retire imediatamente as forças militares da Ucrânia, enquanto a Nigéria expressou ter sido surpreendida pela invasão, mas evitou condená-la ou pedir um cessar-fogo. Veja os membros da Otan: Além dos campos de batalha Além do envio de material e suprimentos, o apoio à Ucrânia no conflito é manifestado de várias maneiras, inclusive, em vias diplomáticas, a partir de declarações e votos para condenar as ações militares do Kremlin nas Nações Unidas. A adesão ao conjunto sem precedentes de sanções financeiras impostas e o acolhimento de mais de milhões de refugiados que cruzaram a fronteira em busca de proteção também são formas de demonstrar apoio. A Polônia, por exemplo, que faz fronteira com a Ucrânia, recebeu quase 9 milhões de refugiados. Cerca de 7 milhões destes, porém, deixaram o país para regressar ao território ucraniano. Na semana que antecedeu o primeiro ano de conflito no leste europeu, o presidente norte-americano Joe Biden fez uma viagem surpresa à Ucrânia numa grande demonstração de apoio ao país. Os Estados Unidos têm sido, de longe, o maior fornecedor de assistência militar para ajudar Kiev no conflito. Segundo o democrata, Washington ficará ao lado da Ucrânia o tempo que for necessário. Durante a visita ao país ucraniano, Biden anunciou que fornecerá um novo pacote de ajuda militar no valor de US$ 500 milhões, que se somarão aos quase US$ 50 bilhões oferecidos anteriormente. 13 imagensFechar modal.1 de 13 A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images2 de 13A confusão, no entanto, não vem de hoje. 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Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images 5 de 13Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles 6 de 13Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images 7 de 13A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images8 de 13Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação 9 de 13Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do ime entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no ado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP 10 de 13Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images 11 de 13Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images12 de 13O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images13 de 13Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles Postura neutra Ao contrário de lideranças que se firmaram de um lado ou de outro, a China atua de forma dúbia no conflito. Ao mesmo tempo em que condena o pacote de sanções financeiras aplicadas a Moscou e contribui com a resistência da economia russa, Xi Jinping pediu a diminuição das tensões. Ele também chegou a oferecer ajuda humanitária à Ucrânia. Outros países, como Brasil, Índia e Turquia, se mantiveram neutros na tentativa de manter laços econômicos e diplomáticos com ambos os lados. O presidente turco, por exemplo, diz que não pode romper vínculos com Rússia e Ucrânia, já que faz fronteira com os dois países. Ele, porém, condena a ação militar russa, chamando-a de “injusta e ilegal”. Desde o início do conflito, a diplomacia brasileira, sob a gestão de Jair Bolsonaro, adotou uma posição de neutralidade, sem condenar uma resolução bélica para qualquer desacordo. Do outro lado, Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer, no ano ado, que Zelensky é tão culpado pela guerra quanto Putin. 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Um ano após a Ucrânia ser invadida pela Rússia, lideranças internacionais se acomodaram no mapa geopolítico que divide o mundo entre aliados de Kiev e Moscou. As principais parcerias nascem da disputa por novos polos de liderança global — com velhos conhecidos, entre eles, Estados Unidos e União Europeia, que disputam narrativas com Rússia e China.
Nas semanas que antecederam o marco de um ano de guerra contra a Rússia, completado nesta sexta-feira (24/2), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um tour por países ocidentais, em busca de uma artilharia mais robusta para o conflito.
A primeira vez que Zelensky esteve além das fronteiras de seu país desde o início da guerra foi em dezembro ado, quando visitou os Estados Unidos para se encontrar com o presidente Joe Biden.
Nas últimas semanas, o ucraniano também marcou presença no Reino Unido, na França e na Bélgica, país sede da União Europeia (UE). As nações estão entre as mais vocais e imponentes parceiras de um lado no conflito, que se arrasta sem perspectiva de paz.
No ponto oposto ao espectro, a Rússia encontrou líderes que fazem coro ao discurso de Vladimir Putin em países como Belarus – que disponibilizou o território como ponto de partida para parte da invasão –, Coreia do Norte, Síria e Venezuela.
Há ainda países que evitam condenar atitudes de ambos os lados da trincheira. A China, por exemplo, mostra uma inclinação aos russos, mas com um verniz de duplicidade. Brasil e Índia optaram por se manterem neutros assim como a Turquia, que divide fronteiras com Rússia e Ucrânia, e resiste em se indispor com qualquer lado.
Veja a divisão no mapa:
Apoio à Kiev
Além do quarteto de países que recebeu Zelensky desde o início da guerra, outras nações também enviaram algum tipo de ajuda militar à Ucrânia, como Canadá, Portugal, Itália, Espanha, Grécia, República Tcheca, Croácia e países nórdicos.
Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Getty Images
3 de 15
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Otan
4 de 15
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
Dirck Halstead/Getty Images
5 de 15
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
Keystone/Getty Images
6 de 15
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
Getty Images
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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos
Getty Images
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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis
DavidLees/Getty Images
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Na fase final da Guerra Fria, a organização ou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro
Getty Images
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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais
Getty Images
11 de 15
Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão
Scott Nelson/Getty Images
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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005
Getty Images
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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África
Getty Images
14 de 15
Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa
Getty Images
15 de 15
Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável
Getty Images
Israel e Austrália, que não integram a União Europeia nem a Otan, mas costumam se alinhar ao posicionamento norte-americano, também estão entre os que prometeram auxílio ao governo ucraniano. A União Africana, grupo que inclui os 55 países do continente, pediu que a “paz seja restabelecida”.
A África do Sul demandou que a Rússia retire imediatamente as forças militares da Ucrânia, enquanto a Nigéria expressou ter sido surpreendida pela invasão, mas evitou condená-la ou pedir um cessar-fogo.
Veja os membros da Otan:
Além dos campos de batalha
Além do envio de material e suprimentos, o apoio à Ucrânia no conflito é manifestado de várias maneiras, inclusive, em vias diplomáticas, a partir de declarações e votos para condenar as ações militares do Kremlin nas Nações Unidas.
A adesão ao conjunto sem precedentes de sanções financeiras impostas e o acolhimento de mais de milhões de refugiados que cruzaram a fronteira em busca de proteção também são formas de demonstrar apoio.
A Polônia, por exemplo, que faz fronteira com a Ucrânia, recebeu quase 9 milhões de refugiados. Cerca de 7 milhões destes, porém, deixaram o país para regressar ao território ucraniano.
Na semana que antecedeu o primeiro ano de conflito no leste europeu, o presidente norte-americano Joe Biden fez uma viagem surpresa à Ucrânia numa grande demonstração de apoio ao país. Os Estados Unidos têm sido, de longe, o maior fornecedor de assistência militar para ajudar Kiev no conflito.
Segundo o democrata, Washington ficará ao lado da Ucrânia o tempo que for necessário. Durante a visita ao país ucraniano, Biden anunciou que fornecerá um novo pacote de ajuda militar no valor de US$ 500 milhões, que se somarão aos quase US$ 50 bilhões oferecidos anteriormente.
13 imagens
1 de 13
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
9 de 13
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do ime entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no ado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
10 de 13
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
13 de 13
Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Postura neutra
Ao contrário de lideranças que se firmaram de um lado ou de outro, a China atua de forma dúbia no conflito.
Ao mesmo tempo em que condena o pacote de sanções financeiras aplicadas a Moscou e contribui com a resistência da economia russa, Xi Jinping pediu a diminuição das tensões. Ele também chegou a oferecer ajuda humanitária à Ucrânia.
Outros países, como Brasil, Índia e Turquia, se mantiveram neutros na tentativa de manter laços econômicos e diplomáticos com ambos os lados.
O presidente turco, por exemplo, diz que não pode romper vínculos com Rússia e Ucrânia, já que faz fronteira com os dois países. Ele, porém, condena a ação militar russa, chamando-a de “injusta e ilegal”.
Desde o início do conflito, a diplomacia brasileira, sob a gestão de Jair Bolsonaro, adotou uma posição de neutralidade, sem condenar uma resolução bélica para qualquer desacordo. Do outro lado, Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer, no ano ado, que Zelensky é tão culpado pela guerra quanto Putin.
Em janeiro deste ano, já no comando do Palácio do Planalto e em uma mudança de discurso, Lula disse que a Rússia cometeu um “erro crasso” ao invadir a Ucrânia, mas afirmou que “quando um não quer, dois não brigam”.
O atual presidente declarou ainda que o Brasil não tem interesse em enviar munições para auxiliar a Ucrânia no conflito.
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), uma associação intergovernamental que inclui 10 países da região, emitiu uma declaração logo após o início do conflito, na qual evitou fazer qualquer menção direta à Rússia ou à condenação da invasão.
Lado russo
Apesar de um grupo mais , o Kremlin encontrou aliados que enxergam legitimidade no discurso “anti-Ocidente” de Vladimir Putin. É o caso de Belarus, país estratégico localizado entre a Rússia e a Ucrânia, e que disponibilizou o território para o ponto de partida de parte da invasão, em fevereiro do ano ado.
Síria, Venezuela, Cuba, Mianmar e Nicarágua, chefiados por governos autoritários, mantiveram os discursos contra potências, como os Estados Unidos e a União Europeia, ao classificarem as exigências e as preocupações com a segurança nacional russa como legítimas.