Maior rapper local, “Eminem russo” lança música antiguerra. Ouça
Canção termina com uma mensagem de voz da mãe do seu produtor, que é ucraniano, falando como é sobreviver sob ataques aéreos russos
atualizado
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O horror da guerra na Ucrânia desencadeou uma série de pedidos de cessar-fogo. De políticos a celebridades, os apelos ainda não surtiram efeito.
A arte tem sido usada como forma de condenar a invasão, iniciada em 24 de fevereiro, e pedir paz. Morgenshtern, o maior rapper da Rússia, lançou uma música antiguerra.
Ele termina com uma mensagem de voz da mãe do seu produtor, que é ucraniano, falando como é sobreviver sob ataques aéreos russos. “Queremos paz. Queremos amizade”, diz.
Morgenshtern é o nome artístico de Alisher Tagirowicz Morgenshtern, de 24 anos. Ele começou a carreira musical em 2018 com o lançamento do primeiro miniálbum, Hate Me.
Em 2021, de acordo com reportagem do Spotify, o músico foi o artista mais ouvido na Rússia. No ano ado, o ídolo teen se mudou para os Emirados Árabes Unidos.
Cessar-fogo
Terminou sem consenso mais uma reunião entre russos e ucranianos. A negociação de um cessar-fogo será retomada na terça-feira. O encontro acabou com uma “pausa técnica”.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin ordenou, três dias após a invasão, que militares colocassem as forças nucleares do país em “regime especial de alerta”.
Hoje, a Rússia tem cerca de 6 mil armas nucleares, segundo Hans Kristensen, diretor do Projeto de Informação Nuclear da Federação de Cientistas Americanos.
Após a ordem do presidente russo, a comunidade internacional rapidamente reagiu. Órgãos de segurança dos Estados Unidos dizem monitorar a situação.
Ataques
Sirenes antiataques foram acionadas em Kiev, capital e coração do poder na Ucrânia, e em Lviv, uma das maiores cidades do país. O 19º dia de guerra teve uma escalada nos bombardeios, que tiveram início em 24 de fevereiro.
Já é noite na Ucrânia – o fuso é de cinco horas à frente do horário de Brasília. Em Kiev, por exemplo, o toque de recolher proíbe a circulação de pessoas.
Quando as sirenes são ligadas, o risco de ataque é extremo. Há recomendação de que as pessoas se abriguem em bunkers ou espaços subterrâneos, como porões.