Líder do Hezbollah morto queria um cessar-fogo, diz ministro libanês
Hassan Nasrallah teria concordado com um cessar-fogo de 21 dias proposto pelos EUA e pela França poucos dias antes de ser morto por Israel
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse, nessa quarta-feira (2/10), que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, havia concordado com um cessar-fogo de 21 dias proposto pelos EUA e pela França poucos dias antes de ser morto por Israel em um ataque a Beirute, capital do Líbano.
“Ele [Nasrallah] concordou, ele concordou”, disse Bou Habib a Christiane Amanpour, em entrevista à CNN.
“Nós concordamos completamente. O Líbano concordou com um cessar-fogo, mas consultando o Hezbollah. O presidente da [Câmara Libanesa], Nabih Berri, consultou o Hezbollah e informamos aos americanos e aos ses sobre o que aconteceu. E eles nos disseram que o senhor [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu também concordou com a declaração emitida por ambos os presidentes [Biden e Macron]”, ressaltou Bou Habib.
Habib disse que o conselheiro sênior da Casa Branca, Amos Hochstein, estava pronto para ir ao Líbano para negociar o cessar-fogo.
“Eles nos disseram que o Sr. Netanyahu concordou com isso e então também obtivemos o acordo do Hezbollah sobre isso e você sabe o que aconteceu desde então”, afirmou o ministro.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, teria dito que o Irã havia se abstido de retaliar pelo assassinato israelense do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã por causa das promessas “inteiramente falsas” dos EUA e da Europa de que um cessar-fogo em Gaza era iminente.
“Dar mais tempo a esses criminosos só os encorajará a cometer ainda mais atrocidades”, disse ele em uma reunião de gabinete, de acordo com a agência de notícias turca Anadolu.
Com informações do The Guardian.