Hospital pediátrico é atacado em Lugansk; 7 crianças estavam no local
Ataque ocorreu em região separatista pró-Rússia. Além das crianças, 15 adultos foram retirados às pressas do local
atualizado
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Um hospital pediátrico foi bombardeado e pegou fogo na região separatista de Lugansk, na Ucrânia. Sete crianças e 15 adultos foram resgatados do local.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira (22/3) por agências internacionais de notícias. A autoria do ataque foi atribuída aos russos, segundo serviços de emergência ucranianos.
As cidades de Lugansk e de Donetsk, na região de Donbass, são separatistas pró-Rússia. Lá, tropas russas não estariam executando bombardeios.
“Felizmente, todos os pacientes, as suas mães e funcionários foram retirados em tempo”, disse o responsável militar da região, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Guerra
A guerra chegou ao 27º dia nesta terça. Russos e ucranianos ainda não chegaram a um consenso sobre cessar-fogo.
Ministros dos dois países falaram acerca das suas expectativas para os próximos dias. A Rússia cobrou celeridade nas negociações de paz. Na contramão, a Ucrânia acredita em, ao menos, mais três semanas de bombardeios.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que a guerra deverá acabar em duas ou três semanas. Segundo o ministro, a Rússia tem poucos suprimentos para continuar a investida militar.
Nesta terça, o porta-voz do governo do Kremlin (sede do governo russo), Dmitri Peskov, pediu que as negociações fossem retomadas. “Gostaria que as negociações fossem mais enérgicas, mais substanciais”, destacou o representante de Vladimir Putin.
Zelensky quer reunião
Na tentativa de uma reunião com Putin, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, itiu que pode entregar o controle de regiões separatistas, como Donbass e Crimeia, anexada ao território da Rússia em 2014.
Nesta terça-feira (22/3), em entrevista exibida pela TV estatal ucraniana, Zelensky voltou a propor uma conversa com Putin para discutir o fim da guerra.
“Se eu tiver essa oportunidade e a Rússia tiver o desejo, poderemos abordar todas as questões. Resolveríamos tudo lá? Não, mas existe a possibilidade de que possamos ao menos parar parcialmente a guerra”, destacou.
ONU dá ultimato
Prestes a completar um mês, o conflito no Leste Europeu parece longe do fim. A Organização da Nações Unidas (ONU) deu um ultimato para o fim da guerra e frisou que as negociações — que, nos últimos dias, estão estagnadas — devem continuar.
Nesta terça-feira, em entrevista a repórteres de agências internacionais de notícias, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou categoricamente o fim da guerra na Ucrânia.