Guerra na Ucrânia precisa acabar até o fim do ano, diz Zelensky ao G7
Presidente ucraniano cobrou grupo formado pelas sete economias mais industrializadas do mundo e defendeu que “não é hora de negociar”
atualizado
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo aos líderes do G7, nesta segunda-feira (27/6), para que a guerra com a Rússia termine ainda este ano, antes do início do inverno no continente europeu. O líder ucraniano defendeu que “este não é o momento para negociações”.
Em resposta, os integrantes do grupo se comprometeram a contribuir “financeira, humanitária, militar e diplomaticamente” com Kiev, pelo “tempo que for necessário”.
Zelensky dirigiu-se aos líderes da Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos por videoconferência. Os representantes das sete potências globais industrializadas estão reunidos desde o último domingo (26/6), no castelo de Elmau, na Baviera, ao sul da Alemanha.
Na conversa, o líder ucraniano cobrou que os chefes de Estado intensifiquem as ações para que o conflito seja encerrado ainda em 2022, devido às condições climáticas no país. Entre as medidas, o chefe do governo de Kiev pediu um maior controle e limitações sobre o preço do petróleo russo.
O grupo também firmou compromisso de trabalhar em conjunto para garantir os suprimentos de energia necessários aos países, enquanto tentam reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
Até o momento, as sete nações sinalizaram que pretendem restringir as importações russas de tecnologia bélica, em uma tentativa de reafirmar seu apoio à Ucrânia e o “comprometimento irrevogável com o governo e povo” do país.
Os países do G7 anunciaram, ainda, que irão expandir as sanções contra russos acusados de crimes de guerra, e que eles são responsáveis por intensificar “a insegurança alimentar global” ao “roubar e exportar grãos ucranianos”.
Estender o conflito
Representantes ucranianos suspeitam que o plano do Kremlin é postergar o conflito até o período de inverno no hemisfério norte, especialmente rigoroso na Ucrânia. Segundo Kiev, as forças russas apostam que as condições climáticas podem facilitar a conquista de novos territórios. Além disso, o período contribui para acentuar as consequências da redução do envio de gás russo na Europa.
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