Gaza: Hamas solta 4 reféns israelenses em acordo de cessar-fogo
As quatro mulheres são soldados e foram sequestradas pelo Hamas. São elas: Karine Ariev, Daniella Gilboa, Liri Albag e Naama
atualizado
Compartilhar notícia

O Hamas libertou, na manhã deste sábado (25/1), quatro mulheres israelenses que foram mantidas em cativeiro por 15 meses. A ação faz parte de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Por outro lado, o serviço prisional israelense confirmou, também neste sábado, que 200 prisioneiros palestinos foram libertados de centros de detenção do país.
As quatro mulheres são soldados e foram sequestradas pelo Hamas. O grupo invadiu a base do Exército israelense de Nahal Oz durante o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.
As reféns libertadas são: Karine Ariev, Daniella Gilboa, Liri Albag e Naama Levy (foto em destaque).
Com os pais, elas embarcaram em um helicóptero da Força Aérea Israelense para seguir até o hospital, onde se juntaram ao restante de suas famílias e receberam tratamento médico.
Antes de serem entregues à Cruz Vermelha, as jovens foram levadas a um palco montado na Praça Palestina, e apresentadas a uma multidão. As militares acenaram para as pessoas presentes. Em uma mesa posta no centro do palco, um representante encapuzado do Hamas assinou documentos ao lado de um representante da Cruz Vermelha. Essa burocracia, porém, não foi vista na semana ada, quando as primeiras reféns foram transferidas de um veículo para outro.
No último fim de semana, o Hamas entregou as primeiras reféns: duas israelenses e uma britânica com cidadania israelense, totalizando três entre os 33 previstos.
Pouco depois, houve a soltura dos palestinos, porém horas apóso previsto porque o Hamas, ao contrário do que havia sido combinado, não soltou uma refém civil junto com as quatro militares. Israel acusou o grupo de violar o acordo, enquanto o Hamas disse que se tratou apenas de uma falha técnica e que ela será libertada na semana que vem.
Regras definidas
O acordo entre Israel e o Hamas foi negociado por três países mediadores – Catar, Egito e Estados Unidos –, com um cessar-fogo em três etapas. A primeira delas, com duração de seis semanas, determina a troca de 33 reféns israelenses por um total de 737 detentos palestinos.
Também fica autorizada a entrada de 600 caminhões por dia, com ajuda humanitária para o território palestino. No último sábado (18/1), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ressaltou que o cessar-fogo é “provisório” e que Israel se dá “ao direito de retomar a guerra se necessário, com o apoio dos Estados Unidos”.