Estudante argelino com green card é preso nos EUA após ordem de Trump
Prisão é apenas “a primeira de muitas que ainda vão acontecer”, disse Trump após autoridades deterem ativista pró-Palestina
atualizado
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O estudante e ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil foi preso nos Estados Unidos, no sábado (8/3), após o presidente Donald Trump uma ordem executiva para punir o antissemitismo no território norte-americano. O estudante foi um dos articuladores de protestos realizados na Universidade de Columbia, no último ano, para pedir o fim da brutalidade na Faixa de Gaza.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Estudantis de Columbia, Khalil foi preso na residência que ocupava na universidade. O jovem, de origem argelina, é casado com uma norte-americana e possui um green card, que garante residência permanente no país.
Em comunicado, o departamento de Segurança Interna dos EUA classificou o ativista como líder de “atividades alinhadas ao Hamas, uma organização terrorista designada [pelo governo norte-americano]”. As autoridades, contudo, não apresentaram provas das acusações.
A operação foi realizada pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), em coordenação com o Departamento de Estado dos EUA.
Nas redes sociais, Trump afirmou que a prisão de Khalil é apenas a primeira de outras que podem acontecer ao redor do país.
“Esta é a primeira prisão de muitas que virão”, escreveu o presidente dos EUA na Truth Social. “Sabemos que há mais estudantes na Universidade de Columbia e em outras universidades em todo o país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a istração Trump não tolerará isso.”