Em meio à ameaça da Rússia, Ucrânia reafirma desejo de entrar na Otan
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, minimizou o descontentamento russo e garantiu que o país continuará as negociações
atualizado
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A crise entre a Rússia e a Ucrânia tem atingido níveis de tensão que deixam o planeta atento ao vem acontecendo no Leste Europeu. O imbróglio começou devido ao desejo ucraniano de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos, o que gerou insatisfação no governo russo.
Apesar das ameaças de invasão e da intensificação das atividades militares na fronteira, a Ucrânia reafirmou nesta segunda-feira (14/2) a intenção de fazer parte do grupo que reúne 30 países.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy (foto em destaque), minimizou o descontentamento russo e garantiu que o país continuará as negociações para o ingresso na organização.
“Hoje, muitos jornalistas e muitos líderes estão sugerindo um pouco à Ucrânia de que é possível não correr riscos, não levantar constantemente a questão da futura adesão à aliança, porque esses riscos estão associados à reação da Federação Russa”, afirmou Zelenskiy, após conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
O líder ucraniano ressaltou. “Acredito que devemos seguir no caminho que escolhemos”, finalizou.
Entenda
Este é o momento mais tenso da disputa entre os dois países. A tensão teve início com a exigência do governo russo de que o Ocidente não aceite a adesão da Ucrânia à Otan.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Nesta segunda-feira (14/2), o chanceler alemão, Olaf Scholz (foto em destaque), visitou Kiev, capital da Ucrânia, e fez novos alertas contra a Rússia. Ele foi recebido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Os líderes conversaram por duas horas.
“Continuaremos a ajudar a Ucrânia a continuar essa operação política [de evitar a invasão] neste momento. Trabalhamos de forma confidencial e também com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, afirmou.
Ameaças
Na terça-feira (15/2), Scholz vai se reunir com o presidente russo, Vlir Putin. O entendimento da Alemanha é que a atividade militar na fronteira significa uma ameaça. A Rússia cercou a Ucrânia em três pontos.
Na sexta-feira (11/2), a rede pública americana PBS News informou que Putin havia decidido pela invasão e já teria comunicado seu veredito às Forças Armadas.
Na tentativa de evitar a invasão da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou o presidente russo, Vlir Putin, com “sanções severas”.