Em busca de acordo de paz, chanceleres russo e ucraniano se encontram
Os chefes da diplomacia russa e ucraniana se reunirão na Turquia, considerada território neutro no conflito
atualizado
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Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (foto em destaque), e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, se reunirão na quinta-feira (10/3) para discutir um possível acordo de cessar-fogo.
O encontro foi confirmado nesta segunda-feira (7/3). Agora, os chefes da diplomacia russa e ucraniana se reunirão na Turquia, considerado território neutro no conflito.
A terceira reunião entre russos e ucranianos terminou, mais uma vez, sem acordo de cessar-fogo. Negociadores dos países, no entanto, concordaram em “organizar” melhor os “corredores verdes”, que são rotas de fuga humanitárias.
O porta-voz da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliyak, afirmou que há uma “pequena e positiva” melhora.
“Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança”, disse.
O encontro ocorreu em Belarus, país aliado do presidente russo, Vladimir Putin. A conversa começou pouco depois do meio-dia desta segunda-feira, pelo horário de Brasília.
“Ordem de emergência”
Ucrânia exigiu na Organização das Nações Unidas (ONU) uma “ordem de emergência” para interromper imediatamente a guerra.
Nesta segunda-feira, durante a audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o representante ucraniano, Anton Korynevych, defendeu a medida.
“O fato de os assentos da Rússia estarem vazios fala alto. Eles não estão aqui neste tribunal: estão em um campo de batalha travando uma guerra agressiva contra meu país”, argumentou Korynevych.
Entenda
Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
A invasão, marcada por ataques com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis, fez a comunidade internacional impor amplas sanções econômicas contra a Rússia.
Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multibilionários, não podem realizar transações na Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram a invasão.